Após funcionários de diversos setores da saúde da Santa Casa de Campo Grande suspenderem parcialmente as atividades nesta terça-feira (9), devido ao atrasado no pagamento, os salários começaram a ser depositados por volta de 12h30. Com os valores nas contas, o protesto confirmado para esta tarde, em frente ao hospital, foi cancelado.
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Conforme o presidente do Sintesaúde (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul), Osmar Gussi, o atraso no pagamento dos salários atingiu cerca de 4 mil trabalhadores.
Durante a paralisação parcial, Osmar já havia comunicado que os servidores voltariam aos seus respectivos setores assim que os pagamentos fossem efetuados. Durante reuniões, a administração do hospital justificava que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) não havia realizado os repasses previstos até o 5° dia útil deste mês.
O que diz a Santa Casa?
Em nota, a Santa Casa de Campo Grande comunicou que não havia efetuado o pagamento dos funcionários em razão da não liberação dos recursos referentes aos serviços prestados à União, ao Estado e ao Município de Campo Grande.
“Tão logo os referidos valores sejam repassados, os pagamentos serão realizados de forma imediata”, disse.
O Jornal Midiamax solicitou informações sobre a falta de repasses à União, ao Estado e ao Município de Campo Grande. Em nota, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) afirmou que “os repasses financeiros contratualizados com a Santa Casa de Campo Grande estão em dia”. Até o fechamento desta matéria, a União e o Município não haviam se manifestado. O espaço permanece aberto.
Problema crônico

Atrasos salariais são recorrentes na Santa Casa. Em janeiro, cerca de 1,5 mil profissionais da enfermagem protestaram contra o não pagamento dos salários de dezembro, que deveria ter ocorrido até 7 de janeiro.
Na ocasião, Lázaro Santana, presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), afirmou que o problema foi causado pela falta de repasses do governo estadual e da prefeitura de Campo Grande.
“Conforme os gestores, não havia previsão para pagamento. Eles relataram que não receberam recursos da prefeitura nem do Estado, e dependem desses repasses para quitar a folha”, disse Santana à época.
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Superlotação
Dois meses depois, o hospital chegou a suspender o recebimento de novos pacientes devido à superlotação. O setor de urgência e emergência, projetado para 13 leitos, chegou a abrigar mais de 80 pacientes, conforme nota oficial divulgada pelo hospital.
Na ocasião, a direção do hospital afirmou em nota que a superlotação gera sobrecarga em toda a rede de serviços e provoca escassez crítica de insumos.
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(Revisão: Bianca Iglesias)