Os trabalhadores que precisaram sair cedinho de casa nesta terça-feira (24), primeiro dia de frio intenso no inverno em Mato Grosso do Sul, aproveitaram para matar a fome e também o quentinho das lanchonetes e chiparias no Centro de Campo Grande antes de precisarem enfrentar mais um dia de trabalho.
Campo Grande marcou a menor sensação térmica nesta manhã, sendo a mínima de 4,8°C. A menor temperatura do ano até o momento, superando o valor de 6,6°C registrado no dia 29 de maio.
Apesar do movimento fraco nas ruas, os ambientes de alimentação registraram aumento na procura. “A gente até acreditou que não teria tanta gente por causa do frio, mas antes mesmo de abrir já tinha fila”, diz uma das atendentes de chiparia na Rua 15 de Novembro.
A proprietária de uma lanchonete na Rua 14 de Julho também relata aumento na venda de salgados. “O mais curioso é que vendi mais refrigerante que café. Pelo frio, achei que comprariam mais café”, relata, indicando que a força do hábito supera até mesmo o frio que faz em Campo Grande.

Frio dá fome?
É normal sentir mais fome no frio devido ao corpo precisar de mais energia para manter a temperatura interna. O metabolismo aumenta para compensar a perda de calor, e o corpo busca alimentos para gerar energia e aquecimento.
A explicação é a termorregulação. O corpo humano gasta mais energia para manter a temperatura corporal estável em ambientes frios, entre 36ºC e 37ºC.
Quando exposto a baixas temperaturas no ambiente, o corpo perde calor, em uma tentativa de se equilibrar com o meio externo. Sem a temperatura ideal para o funcionamento do organismo, muitos processos e reações essenciais para a manutenção da vida não podem acontecer. Por isso, o corpo passa a produzir calor, buscando se esquentar, o que resulta em maior gasto calórico.
O inverno e a redução da luz solar podem afetar o equilíbrio psicológico, contribuindo para quadros de tristeza, desânimo e ansiedade. Um exemplo é o TAS (Transtorno Afetivo Sazonal), tipo de depressão recorrente nos meses mais frios. A explicação está na relação entre a luz solar e a produção de neurotransmissores: o sol ativa a vitamina D na pele, essencial para a síntese de dopamina e serotonina, hormônios ligados ao bem-estar.
Além do impacto no humor, as mudanças climáticas influenciam os hábitos alimentares. Com o metabolismo alterado, muitas pessoas sentem mais desejo por carboidratos e comidas calóricas, como doces e frituras, que fornecem energia rápida e conforto emocional. Nutricionistas alertam, no entanto, para os riscos de confundir fome fisiológica com a fome emocional — aquela “vontade de comer” desencadeada por fatores psicológicos, e não por necessidade nutricional.
A recomendação é manter uma alimentação equilibrada e buscar alternativas saudáveis para lidar com as oscilações de humor típicas da estação.
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