Nos últimos 40 anos, 60% do território de Corumbá foi queimado por incêndios florestais. Foram 3,8 milhões de hectares, que colocam o município de Mato Grosso do Sul no topo do ranking de maior área queimada entre 1985 e 2024, no Pantanal.
Os dados do MapBiomas Fogo, lançados nesta terça-feira (24), mostram as cicatrizes de fogo do Brasil. As informações referentes ao Pantanal, não são nada animadoras. Isso, porque, entre os seis biomas brasileiros, o Pantanal foi o mais afetado pelo fogo nos últimos 40 anos, proporcionalmente.
Além disso, 93% dos incêndios que atingiram o Pantanal nas últimas 4 décadas afetaram vegetação nativa. As pastagens representaram 4% das áreas atingidas por fogo no bioma, nos últimos 40 anos.
Outro dado agravante é que o bioma mostra também uma grande recorrência do fogo: três em cada quatro hectares (72%) queimaram duas vezes ou mais nas últimas quatro décadas.
Além disso, as cicatrizes deixadas costumam ser mais extensas do que em outros biomas. É no Pantanal que se encontra a maior prevalência de extensões queimadas superiores a 100 mil hectares (19,6%).
Áreas com cicatrizes de queimada entre 500 e 10 mil hectares também se destacam (29,5%) e estão distribuídas por diferentes regiões do bioma. No ano passado, houve um aumento de 157% da área queimada no Pantanal na comparação com a média histórica do período avaliado pelo MapBiomas Fogo.
“Os dados históricos mostram a dinâmica do fogo no Pantanal, que se relaciona com a presença da vegetação natural e com os períodos de seca. Em 2024, o bioma queimou na região do entorno do Rio Paraguai, região que passa por maiores períodos de seca desde a última grande cheia em 2018”, explica Eduardo Rosa, coordenador de mapeamento do bioma Pantanal no MapBiomas.
Queimadas de 2024 foram as piores em décadas
Mato Grosso do Sul fechou 2024 com mais de 13 mil focos de queimadas, o pior cenário em 22 anos. Os números do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram o que foi vivenciado ao longo dos meses: mais um ano de devastação florestal.
Mais do que nunca, 2024 evidenciou os efeitos das mudanças climáticas e o quão em risco o planeta está. Os 13.041 focos de queimadas registrados em Mato Grosso do Sul ao longo do ano concedem média de 35,7 focos de incêndio por dia.
Diferente dos outros anos, quando as chamas se propagavam com maior intensidade entre agosto em novembro, em 2024 elas chegaram antes. Pegando brigadistas e autoridades de surpresa, junho e julho foram os meses com maior número de focos da história para o período.
O ano passado, em termos de queimadas, só perdeu para 2002, quando foram registrados 14.543 focos. Dados de outubro de 2024 do MapBiomas, mostram que Corumbá é o município com maior área queimada, sendo 1 milhão e 741 mil hectares.
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