O sol estava nascendo e muitos fiéis já estavam em pé, organizando-se para a extensa programação que inclui a montagem dos tapetes de Corpus Christi, adoração e a missa de encerramento. Sendo assim, muitos saíram de casa, nesta quinta-feira (19), vestidos com suas camisetas religiosas e levando um reforço na alimentação. A reportagem do Jornal Midiamax chegou logo cedo e viu o “tapete humano” se formar ao longo das vias de Campo Grande.
Os tapetes, geralmente, são confeccionados na quinta-feira após o Domingo de Celebração da Santíssima Trindade, que é a data de celebração da festa católica de Corpus Christi. Por aqui, os fiéis mantêm a tradição e, desde as primeiras horas, a Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, ganhou cor, fé e movimento. A celebração, uma das mais importantes do calendário católico, lembra o mistério da Eucaristia, o corpo e sangue de Cristo, e mobiliza milhares de fiéis em um gesto coletivo de adoração e expressão pública de fé.
Para garantir a segurança e a organização do evento, diversas vias da região central foram interditadas desde a madrugada pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Estão fechados trechos da Avenida Afonso Pena e ruas como Padre João Crippa, Pedro Celestino, Rui Barbosa, Treze de Maio, Quinze de Novembro, Sete de Setembro, 26 de Agosto e Avenida Fernando Corrêa da Costa.
Mobilização envolve 53 paróquias da Arquidiocese de Campo Grande

Mesmo com o dia ainda clareando, dezenas de pessoas já estavam posicionadas ao longo das vias demarcadas, carregando baldes de serragem, moldes, pincéis e bandeiras de suas paróquias. A mobilização envolve as 53 paróquias da Arquidiocese de Campo Grande, com uma estrutura que tomou grande parte da Avenida Afonso Pena, em frente à Praça do Rádio Clube.
Segundo o padre Bruno Rosa, coordenador arquidiocesano de pastoral, o momento é de grande comunhão entre as comunidades.
“É uma alegria ver esse povo tudo reunido, e o empenho deles para esse dia tão importante. É uma demonstração visível da fé e da unidade da nossa Igreja”, afirmou o sacerdote, enquanto acompanhava a montagem dos primeiros trechos dos tapetes.
‘Tradição foi herdada da cultura portuguesa’, explica padre
A tradição de confeccionar os tapetes foi herdada da cultura portuguesa, como lembra o padre Reginaldo Padilha, reitor do Santuário Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
“Recebemos de Portugal essa tradição, que foi sendo adaptada à nossa realidade. Os tapetes são um gesto Bonito e simbólico de preparar o caminho para o Santíssimo Sacramento, como o povo preparava o caminho para Jesus”, explicou.

Entre os voluntários, estava Hudson Rodrigues, motorista de carreta de 46 anos e integrante da equipe do Santuário do Perpétuo Socorro, que há 20 dias se prepara para o evento.
“A gente vem preparado para o dia, e vem toda a família. É uma data de renovação e entendimento da nossa fé. A gente se organizou até pra trazer um café da manhã pra todo mundo da equipe. É uma alegria estar junto, servir e testemunhar”, contou.
A programação segue durante toda a manhã, com a finalização dos tapetes e missas em diversas paróquias. À tarde, a celebração principal com a procissão e bênção do Santíssimo reúne milhares de fiéis na região central da Capital, encerrando a jornada com um momento de forte espiritualidade e comoção popular.

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