O Governo Federal publicou instrução normativa que proíbe casas de apostas, as chamas bets, de cadastrar usuários de benefícios sociais, como o Bolsa Família. Levantamento realizado pelo Banco Central em agosto de 2024 mostrou que beneficiários gastaram R$ 3 bilhões em bets via Pix, ou seja, o correspondente a 20% do valor total repassado pelo programa naquele mês.
A nova regra pretende impedir que valores investidos em programas sociais sejam utilizados para este tipo de aposta. As bets devem consultar o Sistema de Gestão de Apostas para verificar se os apostadores constam na base de dados de beneficiários dos programas sociais. Essa consulta por CPF é obrigatória sempre que os usuários abrirem cadastros nos sites de apostas e no primeiro login do dia.
Então, o Jornal Midiamax foi às ruas de Campo Grande para ouvir a opinião da população. Entre os entrevistados, todos são contrários ao uso de valores de programas sociais para apostas on-line. Na opinião dos campo-grandenses, o dinheiro repassado pelo Governo Federal para as famílias mais pobres deveria ser utilizado para custear gastos básicos da família, como alimentação, moradia e higiene.
Confira as opiniões
“Acho que esse dinheiro é para fazer o básico, né?”, opina Moacir Barbosa, pedreiro aposentado de 66 anos. Ele é favorável à proibição. “Tem que usar para comprar comida, pagar, a água, essas coisas. Aí o cara pega para jogar? Não concordo”, conclui
Já Genivaldo Francisco de Lima, aposentado de 67 anos, se posiciona contra as casas de apostas. “É um dinheiro sem volta, ninguém ganha nada, né? Na lotérica ninguém ganha, mas pelo menos o governo faz alguma coisa. Agora, esse Tigrinho é igual jogar dinheiro no mato”, afirma. Ele lembra que os beneficiários de Bolsa Família são os mais necessitado. “Se ficar viciado nisso aí, passa fome, até os filhos, a mulher”.
A auxiliar de produção Daniele Bezerra, de 40 anos, opina que os pagamentos do benefício social já são utilizados de forma incorreta. “Eu sou a favor do Bolsa Família, mas para comprar comida, alimento, essas coisas. O povo gasta com bebida, droga e etc, né? Gastam atoa”, afirma a mulher.
Por fim, a autônoma Laís Santana, de 22 anos, diz que conhece pessoas viciadas em jogos de aposta. “Às vezes você consegue uns R$ 100, R$ 50, só que quase sempre você perde mais de R$ 200. Aí vai pegar o único dinheiro, que o governo dá pra você se manter, para apostar num vício?”, questiona. Ela acredita que as casas de aposta são ” uma mentira, uma farsa”.
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