Muito emocionados, familiares e amigos de Milton César realizam nesta segunda-feira (30), a despedida do talentoso chargista. Ele atuou por 20 anos no Jornal Midiamax, com a publicação diária de charges e morreu aos 55 anos.
O filho falou rapidamente com a reportagem e destacou que o pai tinha muito carinho pelas charges, sempre se preocupou em deixar tudo pronto diariamente e que “Milton se orgulhava muito de conseguir viver da arte dele”, porque sabia que isso era difícil.
Além do Midiamax, o chargista trabalhou em diversos veículos de comunicação do Estado e do Brasil, como o Folha do Povo, Revista Leia, A Crítica e Jornal O Estado. Foram anos de trabalhos ilustrados em milhares de charges sobre os acontecimentos cotidianos.

Sócio-fundador do Jornal Midiamax, Carlos Eduardo Belineti Naegele, diz que Milton é insubstituível e será eternizado com o legado das suas artes. Destacou também o companheirismo de longa data e o talento, que fará falta.
“Ele tinha a capacidade ímpar de conseguir, através da arte e da sua sensibilidade, transformar os fatos em desenhos, que por si espelhavam com muita inteligência e perspicácia. Era um pessoa simples, mesmo com mais de 20 anos de carreira, sempre surpreendendo a cada charge. Eu brincava com ele dizendo ‘qual a pérola de hoje?’ Era um profissional que tinha prazer em trabalhar com o que gostava, vibrava a cada arte”, destacou.
Traços da criatividade
Em todas as charges, apesar da assinatura no canto da tela, os traços inconfundíveis de Milton César transformavam o assunto cotidiano em debate. Das mais antigas, em 2022, Milton refletiu em críticas a charge sobre o aumento da tarifa do ônibus. Das mais recentes sobre o assunto, Milton fez uma crítica ácida e humorada sobre a situação “das cavernas” dos veículos do transporte público.
Segundo o filho de Milton, Matheus Ornellas, o artista deixará uma marca eterna na história sul-mato-grossense. “Um excelente pai, marido e artista, o legado dele ficará nos nossos corações e com a forma que ele se expressava em seus desenhos. Era muito orgulhoso e gostava muito de trabalhar com o que gostava, que era a arte e sempre dizia que tinha sorte de ganhar a vida com desenho”, descreve.
Milton nasceu em Ponta Porã. Logo, o filho relembra que ele “brincava” de torcer para o APF (Asociación Paraguaya de Fútbol). “Como tem descendentes, fazia graça com o Paraguai. Falava que o time dele é o rock and roll”.
Uma das últimas artes retratava Milton com a nova idade “nas costas”. A imagem ilustra ele carregando os 55 anos, feita no dia 14 de junho deste ano.

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