Mãe e filhos — ainda crianças — estão acampados há dias em um terreno na Avenida Duque de Caxias, uma das principais vias de Campo Grande. A precariedade da estrutura do acampamento, feito com pedaços de lona, preocupa quem passa pelo local.
Na semana passada, a equipe do Midiamax foi até o acampamento para conhecer a história da família, que mora ali. No entanto, receosa, a mãe impediu a abordagem e se recusou a conversar com a imprensa.
A SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) informou que a mulher também recusou os serviços oferecidos pela equipe do Seas (Serviço Especializado de Abordagem Social).
Em nota enviada ao jornal, a SAS afirmou que a equipe do Seas já foi ao local várias vezes, mas a família tem recusado todos os serviços ofertados.
“A SAS destaca que as equipes retornam diariamente ao local e realizam abordagens diferenciadas para sensibilizar a família sobre os perigos de viver na rua — especialmente diante das baixas temperaturas previstas para os próximos dias em Campo Grande. Mesmo assim, a família continua irredutível”, diz o comunicado.
Na primeira abordagem, a mulher informou que estava apenas de passagem por Campo Grande e que pretendia seguir para Brasília no dia 31 de maio — o que acabou não acontecendo.
Serviço de abordagem social
O Seas realiza suas ações por meio de buscas ativas, denúncias via telefone e mapeamento de regiões conforme a demanda. O serviço busca oferecer apoio às pessoas em situação de rua.
Caso você conheça alguém em situação de rua ou vulnerabilidade, pode acionar o serviço pelos telefones: (67) 99660-6539 e 99660-1469.
As equipes realizam abordagens diariamente nas sete regiões da cidade, com foco redobrado no Centro, viadutos, pontes, entroncamentos, praças e na Avenida Ernesto Geisel — áreas com maior concentração dessa população.
As pessoas abordadas podem aceitar ou recusar o acolhimento. A Constituição Federal de 1988, no Art. 5º, Inciso XV, garante esse direito de recusa às pessoas em situação de rua.
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