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Cotidiano

Há quase 2 anos na fila, ‘Manga’ quer acabar com o tabu da morte para incentivar doação de órgãos

"Como renal crônico, eu também quero ter direito à vida", disse ele em sessão da Câmara de Vereadores de Campo Grande nesta quinta-feira (4)
Murilo Medeiros, Karina Campos -
Sidney Manga durante entrevista ao Jornal Midiamax na Câmara de Vereadores (Foto: Thais Cardoso, Midiamax)

Na fila por um rim há quase dois anos, o editor de vídeo Sidney Araújo, conhecido como ‘Manga’, falou na tribuna livre da Câmara Municipal de nesta quinta-feira (4). Além de contar sua história na fila por , ele destacou que famílias precisam acabar com o tabu da morte de um ente querido e pensar na empatia de salvar outras vidas por meio da doação de órgãos.

O mês de setembro abriga a campanha Setembro Verde, que tem objetivo de incentivar a doação de órgãos. Em Mato Grosso do Sul, 253 pessoas estão na fila aguardando por um transplante. Na maioria dos casos, a doação só é possível após a morte do doador e, portanto, a autorização da família é obrigatória.

A despedida de alguém pode ser a salvação de oito outras vidas. É rim, é pulmão, coração, fígado, córneas, tecido, ossos… E as pessoas não entendem, têm um tabu muito grande com a morte. Elas acham, às vezes, que por estar com morte encefálica, o corpo está funcionando ainda, mas não. Quando o cérebro morre, acabou. Eu, como renal crônico, quero alertar porque também quero ter à vida. Se tivesse mais empatia, aumentaria o número de doações e diminuiriam as pessoas em tratamento”, afirmou Sidney Manga.

transplantes
Sidney Araújo, conhecido como “Manga” (Foto: Arquivo pessoal)

Duas lutas

Além disso, Manga também relatou a jornada até conseguir entrar na fila de transplantes. Ele afirma que a primeira ‘‘ foi entrar na fila de transplantes e, depois, a segunda é conseguir o órgão.

“Há mais ou menos dois anos, descobri que estava renal. E, de lá pra cá, teve muitas informações desencontradas sobre a doação de órgãos, sobre o transplante de rim”, afirma o editor. Primeiro, ele foi orientado que já estava, automaticamente, na fila. No entanto, descobriu meses depois que ainda era necessário fazer exames para comprovar a situação e, de fato, esperar pelo rim.

“Tem que passar por uma consulta muito específica na central de transplante e foi muito difícil conseguir essa consulta. Daí eu descobri que eles mudaram o sistema. Agora, quem marca são as clínicas, as assistentes sociais das clínicas, que marcam essas consultas”, explica Sidney Manga.

A espera pela consulta durou um ano e meio. “Agora, começa a minha segunda briga, que é conseguir um órgão. É por isso que eu estou nessa luta”, afirma. Por fim, ele considera importante conscientizar a população de que é preciso ter empatia. “Às vezes, a dor salva vidas. Pode ser o final de uma, mas o começo de outras oito”, conclui o editor de vídeo Sidney Manga.

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(Revisão: Bianca Iglesias)

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