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Cotidiano

Falta de qualificação e salário baixo fazem construção civil migrar para o interior de MS

Indústrias pagam melhor, mas setor ainda enfrenta problemas como falta de cursos profissionalizantes
Priscilla Peres -
Construção civil (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Quem nunca teve dificuldade para encontrar mão de obra qualificada para pequenas reformas, levanta a mão. Em é comum a falta de trabalhadores da , seja para obras individuais ou de empreiteiras. E mesmo quando as vagas são preenchidas, na maioria das vezes, falta qualificação.

O problema é unânime, mas fácil de explicar. O setor de construção civil de Mato Grosso do Sul tem quase 30 mil trabalhadores em regime CLT, mas que migram de empresa e cidade conforme a necessidade e o salário. Para se ter ideia, detém metade da força de trabalho formal do setor. A outra metade está espalhada entre os 78 municípios.

Os dados do (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que, em 2025, o município de tem 1.036 trabalhadores da construção civil registrados como CLT. Mas em 2023, tinha mais de 5 mil trabalhadores registrados no município, devido à fase de construção de uma indústria de celulose.

Presidente do Sintracom MS (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de MS), José Abelha Neto explica que indústrias oferecem salários e condições melhores aos trabalhadores, que aproveitam as oportunidades. Os salários oferecidos por indústrias chegam a superar R$ 1 mil sobre os demais.

Salário baixo e falta de qualificação

Então, o cenário da Construção Civil em Mato Grosso do Sul é esse: mão de obra formal migrando para indústrias do interior, profissionais qualificados atuando como autônomos e falta de incentivo e oportunidades para qualificação.

O salário base do setor, aprovado em convenção coletiva, é de R$ 2,2 mil com vale-alimentação de R$ 220. No interior, o salário base passa dos R$ 3 mil e o vale a R$ 1 mil, para se ter ideia da discrepância de valores.

O resultado é o que todo mundo sabe, dificuldade de contratação, principalmente para pequenas reformas ou acabamentos. Até porque, trabalhadores autônomos, vivem sobrecarregados e optam por trabalhos maiores e com melhores remunerações.

Com todo esse cenário, Abelha explica, ainda, que faltam cursos de qualificação na área de construção civil, mas mesmo quando tem oferta, a população não se sente motivada a participar devido aos baixos salários.

Em uma rápida busca na internet, o Jornal Midiamax não encontrou nenhum curso na área de construção civil aberto, com educação presencial e preço acessível. Para o sindicato, o salário base ideal é de R$ 3 mil.

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