Dados preliminares do MS (Ministério da Saúde) revelam que, em 2024, o país registrou 1.187 mortes maternas, 22 delas apenas no estado de Mato Grosso do Sul.
Esses óbitos ocorreram durante a gravidez, parto ou no período de 42 dias após o nascimento, com causas muitas vezes evitáveis, como hipertensão, hemorragias e infecções. A falta de atendimento rápido e adequado, começando pelo pré-natal, é um fator determinante para esse cenário.
A mortalidade materna não afeta somente a mãe; a ausência de cuidados qualificados também impacta diretamente a sobrevivência e a saúde dos recém-nascidos.
Isso porque muitas crianças perdem a vida ou desenvolvem complicações graves porque suas mães não receberam assistência ou acompanhamento assertivo em momentos de risco.
O cenário brasileiro reflete um problema global. A OMS (Organização Mundial da Saúde), em sua campanha para o Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrado em 17 de setembro, focado neste ano em gestantes e crianças, destaca que 287 mil mortes maternas ocorrem anualmente no mundo.
A maioria dos casos se concentra em países de baixa e média renda. A meta do ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) 3.1, que visa reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 por 100 mil nascidos vivos até 2030, está ameaçada por esses números.
Para a gerente de Operações da Organização Nacional de Acreditação (ONA), Gilvane Lolato, a maioria das mortes maternas pode ser evitada.
“O cuidado começa no primeiro atendimento da gestação até o pós-parto e cada etapa exige atenção qualificada e protocolos bem definidos”, afirmou.
Ainda, ela ressalta que a saúde da mulher e do recém-nascido estão intrinsecamente conectadas, necessitando de acompanhamento de qualidade, especialmente em situações de risco.
“Quando a instituição adota padrões claros e seguros, o cuidado deixa de depender do improviso e passa a ser confiável, eficaz, humano e salva-vidas”, completou.
Avanços contra a mortalidade infantil
Apesar do quadro preocupante da mortalidade materna, o Brasil tem mostrado progressos na proteção dos bebês e crianças. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, compilados pela ONA, revelam uma queda significativa nos óbitos fetais e infantis. Em 2024, o país registrou 35.450 mortes, o menor número em anos e uma redução de 8,02% em relação a 2022.
As principais causas de óbitos em crianças, como a síndrome da morte súbita, fatores perinatais, asfixia e infecções, podem ser combatidas com assistência adequada, fortalecimento da atenção básica e cuidados hospitalares de qualidade.
Tal melhora é atribuída a esforços coordenados do sistema de saúde, incluindo o incentivo à vacinação, o acesso ao pré-natal e o acompanhamento pediátrico, ações que comprovadamente previnem complicações e salvam vidas.
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