A empresa “O Facilitador”, alvo de ação policial nesta quinta-feira (15), em Campo Grande, já responde a várias ações. Após oito vítimas registrarem novas denúncias na Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), equipes conduziram uma funcionária da empresa à delegacia para prestar esclarecimentos.
Anteriormente, a empresa ficou conhecida por promessas de atuar na redução de juros em contratos de crédito. Em 2022, a Justiça condenou a empresa ao pagamento de R$ 7,1 mil em indenizações a uma consumidora que caiu nas falsas promessas de renegociação de dívidas.
Naquela ocasião, a decisão da Justiça reconheceu a prática de ludibriar clientes com a expectativa de redução de juros, sem que o serviço fosse efetivamente prestado.
Além disso, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul também ajuizou uma ação civil pública contra a empresa, apontando para práticas abusivas na captação de clientes e a atuação irregular como assessoria jurídica. Consequentemente, essa ação resultou no bloqueio de R$ 500 mil em bens da empresa, uma tentativa de garantir o ressarcimento de possíveis vítimas.
Ademais, o Procon-MS também acumulou um extenso histórico de reclamações contra “O Facilitador”, aplicando multas que somam quase R$ 800 mil em 37 processos administrativos. Em suma, as denúncias convergiam para a promessa de reduções de até 70% nas dívidas bancárias, uma isca que atraía consumidores em busca de alívio financeiro.
Em 2023, o Midiamax chegou a noticiar que a empresa respondia, na época, a mais de 200 ações judiciais.
Novo golpe e demissões
A intervenção policial de hoje revela que, mesmo diante do histórico negativo e das ações judiciais, “O Facilitador” aparentemente continuou operando. Conforme o delegado Reginaldo Salomão, as novas vítimas relataram a mesma tática: a empresa oferecia uma redução drástica nos juros, mas os clientes não percebiam que estavam sendo enganados.
Ademais, um detalhe que chamou a atenção foi que a empresa demitiu todos os funcionários nos dias que antecederam a operação policial. Essa movimentação levanta, portanto, a suspeita de uma tentativa de desmantelar a empresa para evitar maiores responsabilizações.
O delegado Salomão também descreveu o modus operandi da empresa, que incluía uma espécie de “entrevista” gravada com as vítimas.
De acordo com a polícia, a gravação seria utilizada como álibi em futuras contestações judiciais, demonstrando um certo nível de planejamento na aplicação do golpe. Nesse momento, já são 13 inquéritos instaurados contra “O Facilitador”, e o valor total do prejuízo causado às vítimas ainda está sendo contabilizado.
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