Em busca de itens básicos, mães de crianças atípicas se reúnem em Campo Grande

Prefeitura de Campo Grande alega que fornecimento está em dia

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(Foto: Helder Carvalho/Jornal Midiamax)

Na primeira segunda-feira de 2025, mães de crianças atípicas se reuniram no CEM (Centro de Especialidades Médicas) em busca de informações sobre o fornecimento adequado de itens básicos, como fraldas, fórmulas e medicamentos para as crianças.

Em torno de 15 famílias estiveram no local, como forma de pressionar por respostas. Elas alegam que, apesar de decisão judicial, o fornecimento está aquém da necessidade. A situação se arrasta há anos, sem solução que atenda à demanda dos pacientes.

Mulher de 42 anos, mãe de dois filhos APLV, sendo um com paralisia cerebral e que vive em cuidados paliativos, precisa de fórmulas específicas. “Não estão fornecendo conforme a necessidade das crianças, sempre entregam menos”.

Aos 39 anos, mãe de filha acamada de 12 anos, cardiopata, se alimenta por botão gástrico, tem APLV e toma dieta específica. Ganhou o direito na Justiça, mas precisa de várias liminares para conseguir o recurso. “Fiquei um ano sem receber. A necessidade é de 30 latas por mês”, diz. Ela afirma ainda que a única vez que recebeu os itens em 2024 foi no fim do ano, com 27 latas.

O que diz a prefeitura?

Em nota, a Prefeitura de Campo Grande afirma que mantém todos os esforços para garantir que os insumos e medicamentos fornecidos por via judicial sejam entregues às crianças no prazo e com a qualidade exigida.

“A Sesau informa que não há falta de fraldas infantis e medicamentos em estoque, com o fornecimento ocorrendo normalmente de acordo com cada caso, e que os atrasos pontuais de alguma medicação ou dieta ocorrem principalmente por falhas na entrega por parte do fornecedor responsável, mas que a secretaria está acompanhando caso a caso, inclusive notificando essas empresas, visando assegurar o atendimento das necessidades dos pacientes”, afirma a nota.

Ainda de acordo com o município, nesta segunda-feira (6), pelo menos seis pacientes realizaram a retirada de fraldas, dietas e outros insumos na sede do Centro de Especialidades Médicas da Capital. “Atualmente a secretaria possui 42 tipos diferentes de dieta em estoque, sendo que em todos os casos onde há desabastecimento, tal fato se deve ao atraso por parte do fornecedor”.

O município conta, atualmente, com seis contratos vigentes para fornecimento destes insumos, totalizando mais de R$ 44,3 milhões, divididos em R$ 7 milhões em fraldas, com contrato válido até junho deste ano, e outros R$ 37,3 milhões destinados a dietas, suplementação e outros produtos nutricionais. A validade destes contratos data entre abril e outubro do ano corrente

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