Em 10 minutos, empresa arremata porto de Porto Murtinho com lance de R$ 30,5 milhões

O valor é quase o dobro do lance inicial de R$ 16,6 milhões

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(Foto: Gabriel Marchese)

Duas empresas disputaram na manhã desta segunda-feira (27), o leilão da estrutura do Terminal Portuário de Porto Murtinho, que foi arrematado por R$ 30,5 milhões pela Porto.CO. O valor é quase o dobro do lance inicial de R$ 16,6 milhões.

O leilão foi realizado pelo Governo do Estado e conduzido pela plataforma www.reginaaudeleiloes.com.br. A estrutura está localizada em lugar estratégico, às margens do Rio Paraguai, que está em processo de concessão da hidrovia. Foram realizados 10 lances nesta manhã, até o arremate da área em menos de 10 minutos de leilão.

A empresa passa a ser dona de uma área total de 47.368,81 m² no centro da cidade de Porto Murtinho que possui grande estrutura de equipamentos para operação logística, incluindo galpão industrial misto de 3.783 m², balança rodoviária, tulha, guarita, via de acesso, compressores, centro administrativo, plataforma de descarga, elevador industrial, correias transportadoras, quadro de comando elétrico, moega e equipamento de aeração, dentre diversos outros.

Rio Paraguai é aposta da União para hidrovia

De forma inédita no Brasil, o Governo Federal decidiu entregar a hidrovia do Rio Paraguai para concessão privada. O Tramo Sul, como é chamado o trecho do rio entre Corumbá e Porto Murtinho, é a aposta da União para atrair interessados em operar comercialmente a hidrovia.

O transporte de minério de ferro, soja e milho, já realizado por 5 portos existentes no trecho de Mato Grosso do Sul, é o chamariz para investidores. Considerando o principal produto exportado pela hidrovia, a tendência prevista no estudo de viabilidade é de que a demanda de minério de ferro chegue a 15 mil toneladas em 2035.

São 590 km de Rio Paraguai que podem ficar sob concessão por 15 anos, prorrogáveis. Para viabilizar a navegação, estudo da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) aponta que são necessários investimentos de R$ 63,7 milhões nos cinco primeiros anos. A dragagem do rio é essencial para garantir a navegação e viabilidade econômica.

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