Em visita à cidade de Dourados, na manhã desta terça-feira (30), o ministro da Educação, Camilo Santana, participou da inauguração do novo prédio da Reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). Durante a visita, o ministro detalhou os investimentos previstos para a instituição, ações para a educação indígena e a retomada de obras paradas.
Uma das medidas anunciadas foi a ampliação das bolsas permanência, que segundo ele está entre as prioridades do governo. “Aumentamos o valor de R$ 900 para R$ 1.400 e já dobramos o número de bolsas. A meta é que, até 2025, nenhum estudante indígena ou quilombola fique sem apoio financeiro para se manter na universidade”, afirmou.
Ampliação de creches e escolas indígenas

Outro ponto abordado foi a expansão de creches e escolas indígenas. De acordo com ele, 116 novas creches estão em execução no país, incluindo duas unidades em comunidades indígenas. Além disso, o MEC autorizou a construção de novas escolas específicas para essas populações e retomou obras que estavam inacabadas.
“Ampliamos o valor aluno/ano para escolas indígenas, quilombolas e do campo pela primeira vez na história. Estamos garantindo mais recursos para estados e municípios e lançamos a Política Nacional de Educação Escolar Indígena, que envolve formação e valorização de professores”, destacou.
Com parte das ações da Política Nacional de Educação Escolar Indígena, o governo investiu na formação e valorização de professores, e na atualização do FUNDEB para escolas indígenas. Conforme Santana, essas ações fazem parte de um esforço para avançar na educação indígena e nas parcerias com municípios e estados.
Retomada de obras

Além disso, ele destacou os investimentos do Novo PAC que possibilitou a construção de dois novos institutos federais e a conclusão de obras paradas há anos em Mato Grosso do Sul.
“Foram anos de desmonte. Agora retomamos os investimentos e o diálogo com as universidades. No início do governo, havia oito obras paradas aqui na região. Hoje, estamos retomando e garantindo a conclusão de projetos que estavam parados há 5 a 10 anos em todo o país”, afirmou.
O novo prédio da Reitoria da UFGD recebeu R$ 11 milhões, enquanto Dourados têm mais R$ 28 milhões em investimentos programados. Entre elas estão obras na área de saúde, como o hospital universitário e o Instituto de Ciências da Saúde, além do prédio das engenharias e de unidades voltadas à educação.
“São R$ 17 milhões para reformas de clínicas e ampliação do hospital e R$ 28 milhões para a unidade materno infantil. No total, somando todas as iniciativas, estamos falando de aproximadamente R$ 60 milhões investidos na universidade”, explicou Santana.
Agricultura e comunidades indígenas
Presente no evento, a deputada Federal Camila Jara (PT), ressaltou a elaboração de projetos de extensão da UFGD voltados à agricultura em comunidades indígenas, que já contam com R$ 1,5 milhão em recursos do MEC. “Essa área recebe pouca atenção, por isso, nosso objetivo é apoiar a geração de renda e fortalecer populações historicamente desassistidas pelo Estado”, declarou.
Questionado sobre a reforma do novo ensino médio, o Ministro foi enfático: Esse tema já foi discutido e aprovado em 2023. Houve ampla participação social. Retomamos a carga horária e a formação geral. Essa etapa já foi superada”, disse.
Por fim, o ministro ainda lembrou que Dourados abriga a maior comunidade indígena urbana do Brasil. “Essa população merece todo o carinho e atenção do governo federal, seja na educação básica, seja na permanência no ensino superior”, concluiu.

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