Cléia Morais Pego, aposentada de 77 anos, acordou bem, sorridente e aparentemente saudável na terça-feira (9). No entanto, ela passou mal à tarde, foi socorrida por hospital de Nova Alvorada do Sul e precisou de transferência para a Santa Casa de Campo Grande. Na Capital, Cléia morreu às 3h55 de quarta-feira. Em luto, a família até agora não foi informada do motivo da morte e ainda não pôde realizar o velório.
“O caso é que nenhum médico quer se responsabilizar pelo óbito dela”, opina a neta de Cléia, Brenda Gonçalves, autônoma. A família é moradora do distrito de Pana, em Nova Alvorada do Sul, e agora precisa locomover-se até Campo Grande para autorizar uma necrópsia, sem entender porque o exame é necessário. Após mais de 30 horas da morte, o velório ainda deve esperar mais dois dias por conta do procedimento.
“Todos à disposição do hospital e sem resposta. A dor cada vez fica pior, dá um sentimento que minha vó é uma indigente, dá a entender que eles acham que elas não tem família. Só queremos fazer um velório digno, que ela merece, mas eles estão enrolando”, desabafa Brenda Gonçalves.
‘Queremos um enterro digno’
Mensagem enviada pelo hospital a uma familiar alega que já havia explicado sobre o procedimento à família. “Médico precisa modificar o documento pois o SVO (Serviço de Verificação de Óbito) não aceitou a documentação será feito solicitação de necrópsia”, diz o texto encaminhado por funcionário do hospital.
Ainda segundo a mensagem, o médico apenas iria à Santa Casa às 13h desta quinta-feira (11) e, “só então, depois que finalizar [a necropsia], ele vai liberar para a Pax remover”.
A filha da idosa optou por não fazer o exame, mas autorizou a realização se fosse necessário. “Minha mãe já tinha recusado por ligação, mas eles só sabem falar disso. Ligaram para ele dizendo para voltar para Campo Grande e assinar um termo de autorização da autópsia”, conta Brenda Gonçalves
Cléia Morais Pego morreu às 3h55, mas a filha dela só foi avisada às 9h durante a visita. “Minha mãe e meus tios , estão transtornados. Está um sofrimento, a gente fica sem reação, sem saber o porquê está essa burocracia toda. A única coisa que queremos fazer é um enterro digno”, desabafa a neta, Brenda Gonçalves.
O Jornal Midiamax pediu um posicionamento à Santa Casa, mas ainda não recebeu resposta. O espaço segue aberto.
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