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Cotidiano

Campo-grandenses dividem opiniões sobre transferência de onça que matou caseiro para SP

A equipe do Jornal Midiamax foi até o Centro de Campo Grande ouvir o que a população acha sobre a decisão
Idaicy Solano, Jennifer Ribeiro -
onça
Macho de 94 quilos foi transferido para ONG em São Paulo (Saul Schramm,Secom)

Após 21 dias de tratamento no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de , a que atacou o caseiro no de Aquidauana, Jorge Ávalo, de 60 anos, foi transferida para o Instituto Amparo Animal, no município de Amparo, em São Paulo. A equipe do Jornal Midiamax foi até o Centro de Campo Grande ouvir o que a população acha sobre a decisão, e a transferência dividiu opiniões. 

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Claudemir Galvão, de 73 anos, foi o único a opinar a favor da permanência da onça no Pantanal. “O aconteceu foi uma fatalidade, ela não tem culpa, é um animal. Então ela não merecia viver presa, deveria voltar pro habitat natural dela”. 

Já Maria, de 42 anos, apesar de concordar com a transferência da onça, comentou que a medida não impede novos acidentes. “Existem outros animais lá, então as pessoas que moram lá, eventualmente podem ser atacadas, é uma fatalidade, embora não seja comum, pode acontecer”. 

Josemar Correia, de 47 anos, também é do time que concorda que a onça seja mantida sob observação. “Ela deveria sim ficar reclusa, porque como ela já atacou um ser humano  provou a carne de uma pessoa, ela poderia voltar a atacar novamente. Então considerando isso, ela deveria ficar presa”. 

Maria Inês Costa, de 58 anos, opina que a onça nem sequer deveria ter sido trazida para Campo Grande, pois poderia colocar os moradores da Capital em perigo. “Considerando que antigamente teve o caso da onça que fugiu do Cras, isso poderia ser um risco, deveriam ter matado ela lá mesmo, nem deveriam ter cogitado trazer essa onça pra Campo Grande”. 

Rogério Lima, de 59 anos, confessa que não é ‘especialista’ no assunto, mas opina que é melhor o animal ficar recluso, do que ser solto no Pantanal novamente e alguém tentar matá-lo. “Ouvi de pessoas que trabalham na área que, uma vez que o animal tem esse tipo de atitude, ele não tem mais condição de viver solto na natureza, então se o melhor pra ela é ser reclusa, então que assim seja”. 

Transferência Para São Paulo 

Ficou decidido que a onça que atacou o caseiro será transferida para o Instituto Amparo Animal, no município de Amparo, em .

Fundado em 2010, o Instituto é uma ONG 100% brasileira, sem fins lucrativos, idealizada e gerida por mulheres. A unidade já abriga cinco onças-pintadas e três onças-pardas, com o objetivo principal de garantir bem-estar e qualidade de vida a animais silvestres que, por diferentes razões, não podem mais voltar à natureza.

O veterinário Jorge Salomão, responsável técnico da Ampara Silvestre, destacou que o local não é aberto à visitação, mantendo o foco exclusivo no bem-estar e na qualidade de vida dos animais.

“Todos os recintos são amplos, com áreas de mata nativa cercadas, buscando reproduzir ao máximo o ambiente natural. Temos espaços que variam de mil até quase seis mil metros quadrados. Acolhemos animais que, por diferentes razões, não podem mais ser reintroduzidos na natureza, cada um com sua história e necessidades específicas”, explicou.

onça s: Saul Schramm/Secom
Onça foi transferida na quinta-feira (Saul Schramm, Secom)

Relembre o caso 

Na segunda-feira (12), o laudo necroscópico que apura a causa da morte de Jorge Ávalo confirmou que ele foi vítima de um ataque de onça-pintada. O documento aponta que, no dia 21 de abril, o caseiro, conhecido como Jorginho, morreu em decorrência de um choque neurogênico agudo, provocado por ferimentos graves causados pelo felino em um pesqueiro na região do Touro Morto, no coração do Pantanal.

Com 13 páginas, o laudo descreve em detalhes os ferimentos que levaram à morte, ganhando grande repercussão. Segundo o delegado Luis Fernando Mesquita, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana, o ataque foi concentrado principalmente na cabeça e no pescoço da vítima.

“O laudo necroscópico concluiu que a causa da morte foi um choque neurogênico agudo, decorrente de ação perfurocontundente provocada por um animal carnívoro de grande porte, no caso, uma onça-pintada. As lesões atingiram principalmente a cabeça e a coluna cervical”, explicou o delegado.

As investigações seguem em andamento, e, conforme Mesquita, o inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público após sua devida instrução.

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