Com termômetros marcando 4,8 °C e sensação térmica de -6 °C, Campo Grande amanheceu sob uma intensa onda de frio que tornou até sair da cama um desafio. No centro da cidade, vendedores precisaram apostar em criatividade e estratégias para manter as vendas, mesmo com as ruas esvaziadas pelo frio.
Para Diullyano Abreu, 33 anos, vendedor em uma loja de móveis, a vontade de ficar debaixo das cobertas foi grande. Por isso, ele preferiu dormir um pouco mais e chamou um carro por aplicativo para evitar o transporte público.
“Acordar hoje foi uma luta, a vontade de ficar na cama era imensa. Quando coloquei o pé no chão, pensei: ‘Ah não, queria mais umas 10 horas aqui nesse cobertor quentinho’. Vim de aplicativo porque pegar ônibus é muito gelado, mesmo com as janelas fechadas”, contou.

Além da dificuldade de enfrentar as baixas temperaturas, os vendedores também lidam com a queda no número de clientes, o que exige alternativas para manter o faturamento, como as vendas online e até mesmo um “abraço quentinho”.
“Em dias frios, a gente investe nas vendas pelo WhatsApp e pelas redes sociais. Com o atendimento remoto, o cliente não precisa sair de casa, e a gente consegue manter o ritmo. Dá até vontade de falar que estou oferecendo abraços grátis, só para atrair clientes e ficar mais quentinho”, brinca Diullyano.
Ele explica que, com a ajuda das redes, os clientes conseguem visualizar os produtos e fazer orçamentos sem sair de casa.
“Chegamos a gravar um vídeo nas redes sociais explicando como funciona. Enviamos fotos, valores, fazemos orçamento, tudo à distância. Até o crediário conseguimos fazer remotamente”, detalha.
Frio afeta rotina nas ruas de Campo Grande
No centro de Campo Grande, é comum ver vendedores nas portas das lojas tentando atrair a atenção dos consumidores com promoções e abordagens diretas. Mas com o frio intenso, essa rotina se torna muito mais desafiadora.
Em uma loja de celulares na Rua 14 de Julho, a solução foi vestir várias camadas de roupas, usar luvas e contar com o tradicional cafezinho quente para enfrentar a rotina na porta da loja.

“Estou com duas blusas de manga comprida, dois casacos, duas calças e mais dois casacos por cima. Melhor isso do que passar frio”, diz a vendedora Gyovana Stephany.
Alguns adotam táticas inusitadas para aquecer o corpo, como esquentar os sapatos com secador de cabelo antes de calçá-los.

“Vale tudo, correr, se movimentar, até dançar na porta da loja. Agora o sol apareceu um pouco, após tanto a gente chamar, finalmente apareceu”, completa Gyovana.
O motoentregador Breno Santana também trabalha o dia todo exposto ao frio. Para ele, a principal tática é se manter bem agasalhado e aproveitar o sol sempre que possível, entre uma entrega e outra.
“Estou com dois casacos e duas calças. Como trabalho de moto, o vento no rosto não é fácil. Então, quando dá, paro um pouco no sol, até mesmo nos semáforos, só para me aquecer um pouco”, conta.
Confira:
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