“Estamos há zero dias sem ônibus quebrados”. Se existisse uma faixa pendurada na frente do Consórcio Guaicurus na manhã desta quinta-feira (3), essa poderia ser a mensagem. Em dois pontos de Campo Grande, veículos da empresa apresentaram problemas e causaram, mais uma vez, transtornos aos usuários.
O primeiro caso foi logo cedo, por volta das 8h, na linha 318 – Lajeado/Centro. A expectativa da passageira era embarcar neste veículo para poder chegar no horário que precisava ao seu destino, o CEM (Centro de Especialidades Médicas), localizado no bairro São Francisco.
“Esperei direto para chegar no horário no CEM, mas não adiantou nada”, relata a passageira. Ela e outros usuários, então, tiveram que descer do ônibus coletivo para pegar outra opção.
“Descemos para pegar o 080 lotado no Terminal Aero Rancho”, completa a passageira.
O segundo episódio frustrante, e não raro, foi flagrado no final da manhã, envolvendo o carro n° 1379. O registro foi feito na Avenida Costa e Silva e divulgado na página Campo Grande Mil Fita 67.
Na publicação, comentários criticam a situação: “frota sucateada”, disse uma internauta.
CPI do Consórcio Guaicurus
Uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) está investigando irregularidades no transporte coletivo em Campo Grande. A investigação está reunindo denúncias de usuários e, desde o início das coletas, foram 48 reclamações registradas por semana até o dia 30 de junho.
São 634 denúncias no total, sendo 553 feitas por meio de mensagens do WhatsApp. Além disso, outras 32 denúncias foram registradas por formulários, 46 por e-mails enviados para o grupo, duas por ligações e uma de forma presencial.
Líder nas reclamações
A má conservação, a falta e os atrasos constantes de ônibus em Campo Grande lideram as reclamações contra o Consórcio Guaicurus. Relatório do grupo aponta que “a população clama por medidas urgentes, incluindo renovação da frota, ampliação das linhas, fiscalização efetiva e maior transparência na gestão”.
Assim, a partir das denúncias, os vereadores classificam a situação atual do transporte coletivo “como insustentável e prejudicial à qualidade de vida dos moradores de Campo Grande”. Ademais, a má conservação lidera as denúncias, seguida da falta de ônibus, e o mesmo percentual para atrasos dos veículos.
Como enviar denúncias para a CPI?
– WhatsApp: (67) 3316-1514
– E-mail: cpidotransporte@camara.ms.gov.br
– Formulário anônimo disponível no site www.camara.ms.gov.br ou clicando aqui.
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