Com a mudança de estação, entramos em um período de sazonalidade em que casos de SRAGS (Síndromes Respiratórias Agudas Graves) se tornam comuns. Assim, os índices da automedicação, hábito entre os brasileiros, também aumenta consideravelmente.
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Conforme o drº Marcelo Santana Silveira, presidente do SinMed/MS, cerca de 75% da população brasileira tem o costume de se automedicar. Desse total, quase 45% faz uso de medicamento sem prescrição médica ao menos 1 vez por mês, enquanto outros 25% fazem uso de remédios todos os dias ou, pelos menos, uma vez por semana.
Embora seja um hábito recorrente e inocente, tomar medicamentos por puro achismo do paciente é extremamente perigoso, independentemente da idade. Isso porque remédios genéricos para gripes ou outras doenças relacionadas têm composição ampla, com analgésico, anti-histamínico e anti-inflamatório, por exemplo. Não saber a dosagem correta, misturar medicamentos ou não conhecer a composição, pode causar complicações severas.
Principais perigos da automedicação
Qualquer casa brasileira que você adentrar terá uma caixinha repleta de medicações, sejam elas prescritas por um profissional tempos atrás, sejam elas indicadas por um conhecido que afirma ter ficado bem após consumi-las. Isso, somado ao fato de que as pessoas utilizam a internet para se diagnosticar, tornou-se uma preocupação para os especialistas.
A intoxicação é o primeiro perigo da automedicação, pontuado pelo drº Marcelo. Ela pode ser provocada caso o paciente consuma a dosagem errada ou o organismo seja intolerante à sua composição.
“Isso pode acontecer com medicação de acesso comum da população, como o paracetamol. Ele pode intoxicar e fazer lesão hepática grave. Já anti-inflamatórios, quando tomados de forma inadequada, principalmente por longos perigos, podem fazer lesão renal”, explica.
Crise alérgica também é uma complicação que a automedicação pode provocar. Em casos mais graves, pode haver anafilaxia. Conforme o especialista, é comum que os pacientes misturem medicamentos sem qualquer orientação médica. Isso pode provocar uma interação entre medicamentos, colocando a vida de quem os consumiu em risco.
Agravamento de quadro
Agravamento do quadro também é resultante da automedicação, que ocorre quando o paciente deduz estar com uma doença, quando, na verdade, está com outra. Isso pode provocar um atraso no diagnóstico correto e consequentemente, no tratamento adequado.
“A partir do momento que a gente tem sintomas intensos, como falta de ar, tosse ou febre, não é hora de pensar em se é automedicar”, pontua o drº Marcelo.
Outra preocupação são os casos de pacientes que consomem antibióticos sem prescrição médica e diagnóstico correto. Neste cenário, a automedicação pode tornar a bactéria resistente ao medicamento.
“O risco que a gente tem é que esses antibióticos façam com que a bactéria apresente resistência ao uso deles. Assim, vamos selecionando bactérias cada vez mais fortes e isso, inclusive, é um problema de saúde pública”, acrescenta.
Por fim, a dependência de medicamentos pode ser tornar uma realidade considerando a automedicação desenfreada. Neste contexto, existem dois tipos de dependência: física e emocional.
“Existe a dependência física mesmo, onde substâncias fazem com que o organismo adquira dependência, mas em outros casos, pode gerar até uma dependência emocional. Em ambos os casos, os pacientes não conseguem deixar de consumir o remédio”, pontua.
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