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Cotidiano

Crimes de abigeato caem 49% em MS, mas fim do Sinal Agro ameaça combate a furtos rurais

Após três anos, PRF anunciou a desativação do Sinal Agro, ferramenta que facilitava denúncias de crimes rurais
Lethycia Anjos -
Gado (Ilustrativa)

Entre 2021 e 2025, registrou 1.540 crimes de abigeato (furto de gado). Desde a criação da Deleagro (Delegacia Especializada de Combate a Crimes Rurais e Abigeato), em 2021, os furtos em propriedades rurais caíram 49% no Estado.

Essa tendência de redução, no entanto, pode estar ameaçada com a desativação do Sistema Sinal Agro, ferramenta que facilitava a comunicação e a resposta rápida a esses crimes.

Criado em 2022 pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), o Sinal Agro foi desenvolvido para agilizar denúncias de crimes rurais, incluindo furtos de maquinário, defensivos agrícolas e o próprio abigeato – caracterizado pelo furto de animais de produção, como bovinos e equinos. A plataforma permitia que vítimas registrassem ocorrências diretamente pelo portal da PRF ou pelo telefone de emergência 191.

Agora, o sistema está em processo de desativação por decisão do Comitê de Governança Digital da PRF, que alegou critérios como economicidade e impacto operacional, apesar de não apresentar dados sobre a eficácia da ferramenta.

“Após análise sobre a manutenção do sistema, o Comitê sugeriu sua inativação. Critérios como economicidade, impacto nos resultados operacionais e contribuição para o desenvolvimento das competências institucionais orientaram a decisão”, informou a PRF em nota.

Embora tenha reforçado o caráter preventivo e colaborativo da ferramenta, a PRF esclareceu que o Sinal Agro nunca teve a função de acompanhar a recuperação de bens. Seu papel era auxiliar na identificação de itens furtados durante fiscalizações e abordagens, enquanto a devolução dos bens e as investigações eram de responsabilidade das polícias judiciárias. Por isso, a PRF não compila dados sobre as recuperações feitas com o auxílio da ferramenta.

Desativação e esforços para combater crimes de abigeato em MS

A decisão de descontinuar o Sinal Agro ocorre enquanto Mato Grosso do Sul mantém esforços para combater o furto de rebanhos e outros crimes no campo. Em 2025, o Estado registrou uma média de um crime a cada um dia e meio, isso porque, somente nos dois primeiros meses do ano, 38 ocorrências de abigeato foram contabilizadas, pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). A maior alta ocorreu em 2021, quando o Estado contabilizou 547 crimes do tipo, anos seguintes as ocorrências sofreram queda gradativa de 49%.

O crime de abigeato, previsto no artigo 155, §6º do Código Penal, prevê pena de dois a cinco anos de reclusão para o furto de animais domesticáveis de produção, mesmo que abatidos ou divididos no local do crime. Esse tipo de delito ocorre, em sua maioria, durante a noite, quando há menor vigilância e maior dificuldade na identificação dos criminosos.

Para reforçar a segurança no campo, Mato Grosso do Sul inaugurou a Deleagro em 2021, com o objetivo de combater furtos e roubos no setor agropecuário, essencial para a economia estadual. No ano seguinte, o registro de furtos de gado caiu 10% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2021. Além da atuação da delegacia, a implementação do programa “Campo Mais Seguro – Policiamento Rural” também contribuiu para essa redução.

Casos recentes acendem alerta

Na última semana, um caso recente chamou atenção em , a 351 km de . Dois homens acabaram detidos após serem flagrados transportando oito cabeças de gado sem documentação em um caminhão boiadeiro. Segundo a polícia, o verdadeiro proprietário dos animais negou ter autorizado a venda. O caso está registrado como e abigeato.

Para ampliar a segurança dos produtores, a PMMS (Policia Militar de Mato Grosso do Sul) elaborou a cartilha rural ‘Campo Mais Seguro’. O documento reúne uma série de dicas para quem vive no meio rural, confira:

Denuncie

Enquanto a desativação do Sinal Agro não ocorre – ainda sem data definida –, a ferramenta segue disponível para registros. No entanto, a PRF orienta que produtores denunciem os crimes rurais pelo telefone 191.

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