Um jovem que aos 16 anos iniciou um projeto social para tentar mudar a realidade de seu bairro. Este é Matheus Pato, hoje com 23 anos, que em 2018 montou o Athlético Campo Grande, visando oferecer aos jovens uma alternativa ao crime e às drogas, proporcionando um espaço para o esporte e o desenvolvimento pessoal.
Assim, o projeto começou de maneira simples, como um time de rua no Jardim Anache, mas com o tempo foi se expandindo e se consolidando. Atualmente, atende cerca de 90 crianças e jovens de 6 a 17 anos.
A ideia nasceu do desejo de Matheus de afastar os jovens do ambiente perigoso em que cresceu, onde a criminalidade e as drogas estavam sempre presentes. “Perdi muitos amigos para o crime e as drogas. Foi aí que decidi levar os meninos mais novos para jogar bola e criar uma oportunidade para que eles também tivessem uma escolha diferente”, explica Matheus.
Atualmente, a escolinha treina em dois campos: no bairro Tarsila do Amaral, às terças e quintas-feiras, e no campo do CRAS Vida Nova, às segundas, quartas e sextas-feiras. Os treinos acontecem todos os dias, com jogos amistosos nos finais de semana. Além de ensinar futebol, Matheus e amigos, que o ajudam no projeto, dão refeições e lanches para as crianças, quando os recursos permitem.
“Quem apoia o projeto são meus amigos Wellington (Zé) e Michael, mas pais e mães também ajudam quando podem, como, por exemplo, a Taís, que é mãe de um dos alunos”, afirmou.

Recursos são escassos
Apesar do grande impacto que o projeto tem na vida dessas crianças, Matheus enfrenta uma grande dificuldade: a falta de recursos. Sem apoio financeiro constante, o projeto depende de doações e parcerias com empresas locais para manter os materiais esportivos. Faltam bolas, uniformes e coletes, e até mesmo para sustentar a alimentação dos jovens durante os treinos.
“A falta de chuteiras e uniformes é um desafio, mas conseguimos manter o projeto de forma totalmente gratuita, graças a amigos, parceiros e empresários da região”, conta Matheus, que também realiza eventos e torneios para arrecadar fundos.
Com o crescimento do projeto, Matheus espera poder oferecer mais oportunidades para as crianças e jovens da comunidade. Ele não recebe nenhum tipo de remuneração pelo trabalho que faz, sendo autônomo e tendo que fazer bicos para garantir que o projeto continue. Para ele, o que importa é o impacto positivo na vida dos jovens: “O que eu faço não tem preço. Ver esses meninos felizes, longe de caminhos ruins, é o que me motiva”, disse.
A escolinha Athlético Campo Grande está aberta a doações e apoios de quem quiser contribuir com o crescimento do projeto. Se você deseja ajudar, seja com materiais esportivos (chuteiras, uniformes e bolas), alimentação ou qualquer outra forma de apoio, entre em contato com Matheus Pato pelo telefone (67) 99657-9777.

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