Nesta quarta-feira (25), 40 usuários do transporte coletivo foram ouvidos durante a audiência pública da CPI dos Ônibus em Campo Grande. Cada um dispôs de três minutos para pontuar melhorias ou reclamações sobre o serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus.
As oitivas ocorreram em dois pontos da Capital: no Plenário Oliva Enciso, na Câmara de Vereadores de Campo Grande, e na Praça Ary Coelho, no Centro da Capital, das 13h às 17h.
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Após os depoimentos, os requerimentos serão encaminhados à relatora da CPI, a vereadora Ana Portela (PL). Os principais apontamentos e solicitações dos usuários foram:
- Linhas de ônibus desativadas;
- Retirada de linha nos finais de semana;
- Falta de segurança nos pontos de ônibus, principalmente durante a noite e madrugada;
- Rampa para cadeirantes nos pontos de ônibus;
- Ônibus lotados e atrasos;
- Falta de manutenção em elevadores para PCDs (Pessoas com Deficiência);
- Não funcionamento de aplicativo;
- Ônibus fantasma;
- Falta de segurança civil para o usuário;
- Terminais sujos com equipe limitada para limpeza;
- Renovação e falta de operação dos veículos articulados;
- Falta de fiscalização;
- Transporte alternativo;
- Falta de abrigo (coberturas) nos pontos de ônibus;
- Falta de reforço em horário de pico;
- Melhoria de reforço quando ônibus quebra;
- Sucateamento de frota;
- Falta de qualificação/treinamento de funcionários.
Superlotação de ônibus
Sônia das Graças Rodriguez, de 68 anos, reside em Anhanduí, distrito de Campo Grande, e vem com frequência para a Capital, ou seja, depende da linha 302 – intermunicipal -.
Para ela, a principal dificuldade, além da pouca frota, é a superlotação constante que coloca em cheque a segurança dos usuários. Muitos deles encaram 61,1 km em pé dentro do ônibus, em plena rodovia.
“Essa linha é muito difícil, ela é muito complicada, porque anda muito cheio. Muitas vezes embarcamos e ficamos de Anhanduí ao Terminal Guaicurus sem achar um lugar para sentar. Às vezes saio de lá de manhã e só volto de noite, e ainda assim o ônibus está muito cheio. É muito triste. Pra mim, que já sou de idade, é muito sacrificante, porque já tenho problemas nas pernas. A gente fica sem conseguir se mexer dentro do ônibus”, lamenta.
Cícero Leite da Silva, de 69 anos, mora no bairro Danúbio Azul e sempre utiliza as linhas 080 e 081. Para ele, fazer seu trajeto até o centro da cidade é sempre cansativo, visto o sucateamento da frota. Para ele, uma alternativa seria instaurar em Campo Grande um transporte alternativo, como vans.
“Tem muitos carros quebrados, com goteiras. Penso que os vereadores, devem votar um projeto pra liberar mais vans pra refazer o transporte, pra ficar mais livre. Por que a gente não libera? Por causa do consórcio? Quer continuar roubando?”, afirma.
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