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Cotidiano

Consórcio Guaicurus recebe ‘ultimato’ de juíza após ser condenado por atrasos

Empresários do ônibus perderam série de recursos na Justiça, mas não pagaram valores devidos
Gabriel Maymone -
Ilustrativa – Consórcio Guaicurus. (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Depois de muito recorrer na Justiça, até chegar às instâncias superiores, o foi condenado a pagar mais de R$ 130 mil em multas por atrasos nas linhas, aplicadas pelo município de , em 2014, dez anos atrás.

Conforme já mostrado pelo Jornal Midiamax, os empresários do ônibus, que detêm contrato de R$ 3,4 bilhões para explorar o da Capital, adotam manobra jurídica para ‘enrolar’ o pagamento das infrações, que são constantes e muitas.

Aliás, na CPI do Consórcio Guaicurus na Câmara de Vereadores, foi revelado por autoridades municipais que a concessionária tem quase 18 mil multas ‘empacadas’ na .

A enxurrada de infrações é reflexo do péssimo serviço oferecido pela empresa, que teve receita de R$ 1.277.051.828,21, somente entre 2012 a 2019.

Na ação citada no começo da reportagem, o Consórcio Guaicurus perdeu todos os recursos apresentados na Justiça e foi obrigado a pagar cerca de R$ 134 mil em multas.

No entanto, ao perder o processo, que já transitou em julgado, ou seja, sem possibilidade de mais recursos, o Consórcio Guaicurus deveria pagar os chamados ‘honorários sucumbenciais’, que é uma espécie de compensação ao jurídico da parte vencedora.

Então, o valor apresentado pelo município que o Consórcio Guaicurus deve pagar é de R$ 11.206,57.

Assim, a juíza Paulinne Simões de Souza proferiu despacho dando prazo de 15 dias para os empresários do ônibus arcarem com o valor processual.

Condições precárias dos ônibus do Consórcio Guaicurus (Fala povo, Jornal Midiamax)

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Manobra jurídica para ‘enrolar’ pagamento de multas

Em dezenas de processos que tramitam na Justiça aos quais o Jornal Midiamax teve acesso, o Consórcio Guaicurus tenta anular multas aplicadas pela Agetran, a maioria por atrasos nas linhas de ônibus.

Apesar disso, passageiros também reclamam da frota sucateada e da superlotação que enfrentam no serviço oferecido pela concessionária.

No entanto, os empresários que operam o transporte coletivo em Campo Grande adotaram uma estratégia para ‘enrolar’ o pagamento das infrações.

Para isso, a concessionária promove uma verdadeira ‘enxurrada’ de ações na Justiça, com recursos sobre recursos para tentar levar ‘no tapetão’ decisões favoráveis ou, ao menos, adiar os pagamentos.

Recentemente, o Jornal Midiamax revelou que outra decisão judicial determinou que o Consórcio Guaicurus arque com R$ 134.244,00 por mais multas, também sendo a maioria por atrasos nas linhas e ausência de ônibus articulado.

Consórcio não paga multa de R$ 12,2 milhões por não cumprir contrato

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Apesar de mover processos na Justiça exigindo o reequilíbrio econômico do contrato de concessão, ou seja, mais dinheiro público, além dos R$ 64 milhões que já embolsa, o Consórcio Guaicurus descumpre cláusula importante do contrato: contratação de seguro de responsabilidade civil, geral e de veículos.

A cláusula é descumprida desde 2020, quando os empresários do ônibus não renovaram o seguro.

Publicação no Diário Oficial do município traz o seguinte: “Diante do descumprimento do dever contratual de contratação de seguro definido na Cláusula Décima Oitava, do Contrato de Concessão n. 330/2012, NEGO PROVIMENTO ao recurso interposto no Processo Fiscalizatório n. 75496/2018-69, mantendo a multa de R$ 12.238.353,86 (doze milhões, duzentos e trinta e oito mil, trezentos e cinquenta e três reais e oitenta e seis centavos), lavrada em face do Consórcio Guaicurus através do Auto de Infração n. 002/2020”, diz publicação assinada pelo diretor-presidente da Agereg, José Mário Antunes da Silva.

O caso também chegou a ser discutido na Justiça, em um dos processos em que os empresários do ônibus buscam mais recursos públicos. Nos autos, a Agereg mostrou à Justiça a multa por descumprimento contratual por parte do Consórcio Guaicurus.

À Justiça, a Agereg informou que a multa se deu por conta do descumprimento de cláusula contratual por parte do Consórcio Guaicurus. Assim, as empresas de ônibus de Campo Grande, que assinaram o contrato em 2012, não estavam cumprindo a cláusula décima oitava, que obriga a contratação de seguro de responsabilidade civil, geral e de veículos. “O Consórcio Guaicurus está inadimplente com o estipulado na Cláusula Décima Oitava, do Contrato n. 330/2012, haja vista que desde setembro de 2016 não realiza a contratação de seguro”, diz a Agereg.

Então, o valor da multa é determinado, conforme o contrato, a partir do cálculo de 5% sobre o valor da receita diária por dia de descumprimento. Logo, a Agereg calculou o montante.

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(Revisão: Bianca Iglesias)

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