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Cotidiano

Consórcio Guaicurus faz pressão por multa de R$ 200 mil à Prefeitura por não aumentar tarifa a R$ 7,79

Empresários do ônibus dizem que município deve cumprir decisão judicial e reajustar valores imediatamente
Gabriel Maymone -
consórcio guaicurus
Consórcio Guaicurus em Campo Grande. (Arquivo, Jornal Midiamax)

Enquanto é alvo de petição que requer o fim da concessão bilionária do transporte coletivo em Campo Grande, o Consórcio Guaicurus faz ‘pressão’ na Justiça para conseguir reajuste da tarifa técnica de R$ 5,95 para R$ 7,79.

Na defesa dos empresários do ônibus está time de advogados chefiado pelo desembargador aposentado, Claudionor Miguel Abss Duarte, parceiro de escritório de Gustavo Lazzari, que é procurador da Câmara Municipal, nomeado pelo presidente do Legislativo, vereador Papy () que, por sua vez, declara publicamente que é a favor de dar mais dinheiro público ao Consórcio Guaicurus.

No mês passado, o juiz Marcelo Andrade Campos Silva atendeu pedido dos empresários do ônibus e determinou o reajuste da tarifa técnica, que é o valor que o Consórcio Guaicurus recebe, de fato, por passagem. A diferença é paga pelo município.

A decisão já havia sido proferida em outubro de 2023. No entanto, o município entrou com uma série de recursos para tentar barrar o aumento.

Porém, o reconheceu a validade da tarifa de R$ 7,79, que já havia sido acordada em TAG (Termo de Ajustamento de Gestão) entre prefeitura, Consórcio e TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado).

Assim, os empresários do ônibus acionaram time de advogados para entrar com nova ação, chamada “cumprimento provisório de sentença”, para que a Justiça determine o cumprimento da decisão, sob pena de multa diária de R$ 200 mil.

Município diz que ação foi suspensa

Em recurso apresentado contra a decisão judicial, o município alega que o aumento da tarifa está suspenso pela Justiça até o resultado de outro processo, também movido pelos empresários do ônibus, que pedem mais dinheiro público.

Assim, pediu que o juiz Marcelo Andrade Campos Silva revogue o aumento da tarifa de R$ 7,79. “Não se deve determinar o cumprimento de tutela de urgência já concretizada, consequentemente, requer a extinção do presente cumprimento de decisão”, diz o município.

Advogados do Consórcio pedem reajuste da tarifa técnica para R$ 7,79 (Reprodução)

‘Pressão’ do Consórcio Guaicurus

O time de advogados que trabalha para os empresários do ônibus alegaram que, apesar de o processo estar suspenso, “não suspendeu as decisões liminares, ou a necessidade de seu cumprimento, logo, inexiste qualquer óbice ao pleito aqui formulado”, diz trecho da manifestação.

Então, pediu que o recurso do município não seja atendido e que a prefeitura seja multada em R$ 200 mil por dia de atraso por não reajustar a tarifa técnica.

Consórcio Guaicurus briga na Justiça por mais dinheiro público

Diretor do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira. (Helder Carvalho, Jornal Midiamax)

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Os empresários de ônibus de Campo Grande são o verdadeiro exemplo do ‘mau negócio’ que rende milhõesNa verdade, bilhões.

Isso porque equipe técnica da Prefeitura da Capital certificou auditoria contábil nas planilhas do Consórcio Guaicurus e atestou que a concessionária teve receita de R$ 1.277.051.828,21 (um bilhão, duzentos e setenta e sete milhões, cinquenta e um mil, oitocentos e vinte e oito reais e vinte e um centavos), de 2012 a 2019.

Ou seja, o valor é somente dos oito primeiros anos do contrato. Os técnicos chegaram aos valores a partir de balanços enviados pelas próprias empresas de transporte.

Vale ressaltar que o Consórcio Guaicurus será beneficiado com cerca de R$ 64 milhões somente este ano, entre subsídios e isenção fiscal do ISS (Imposto sobre Serviço).

Apesar de ter o apoio do presidente da Câmara, Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), para conseguir mais dinheiro público através de subsídios, o Consórcio Guaicurus move série de processos na Justiça para obter valores estratosféricos.

Enquanto banca time de advogados para tentar se livrar de indenizações a passageiros que se machucam em ônibus e tentar obter ‘no tapetão’ mais recursos públicos, o Consórcio Guaicurus mantém frota sucateada nas ruas.

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