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Cotidiano

Conflito entre indígenas e Força Tática da PM termina sem feridos em Caarapó 

Sejusp alega ter agido dentro da legalidade e que policiais foram ameaçados com facas e facões; ninguém foi preso
Idaicy Solano -
cimi
Correria e fumaça na aldeia. (Reprodução, Redes Sociais)

A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), confirmou à imprensa que equipes da Força Tática da PMMS (Polícia Militar de ), atuaram no despejo de indígenas que ocupavam uma propriedade rural em Porto Cambira, na Terra Indígena -Amambaipeguá III, em , a 277 quilômetros de Campo Grande, na região sul do Estado. O conflito já havia sido denunciado por meio de nota do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) que afirma que houve ataques e tentativa de despejo, sem mandado judicial, desde segunda-feira (22)

No entanto, em nota a Sejusp afirmou que policiais agiram legalmente no despejo. No local havia cerca de 30 indígenas em um acampamento improvisado próximo à divisa da propriedade rural. A secretaria de segurança afirma que a polícia tentou, por diversas vezes, negociar uma desocupação pacífica. 

No entanto, relata que parte do grupo apresentou resistência e ameaçou os agentes com machados e facões. Por isso, a Sejusp afirma ter sido ‘necessário emprego de força moderada e impacto controlado para contenção e salvaguarda dos agentes públicos”, conforme diz a nota. O material apreendido com o grupo foi entregue à polícia civil. Ninguém foi preso ou gravemente ferido, conforme a nota. 

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com o CIMI, e aguarda retorno!

CIMI afirma despejo ilegal 

O CIMI (Conselho Indigenista Missionário), por outro lado, afirmou, em publicação nas redes sociais, que os policiais bloquearam todos os acessos à retomada e o pelotão composto por policiais militares da ‘Tropa de Choque’ passou a atirar contra os indígenas. O Conselho também alega que não havia mandado judicial para o despejo. 

A Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá III, localizada às margens do Rio Dourados, fica na divisa entre Dourados e Caarapó. A entidade afirma que a conclusão da da TI foi pactuada entre a Funai e o MPF (Ministério Público Federal) em um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) de 2007.

“A Funai restabeleceu o Grupo de Trabalho, responsável pelo Relatório Circunstanciado de Delimitação e Identificação (RCDI), neste ano. Em 2013, o GT então nomeado teve seu trabalho paralisado por questões administrativas, atrasando ainda mais o cumprimento do prazo pactuado pelo TAC.”

A nota também diz que, neste domingo (21), os Guarani e Kaiowá haviam retomado também a Fazenda Ipuitã, localizada dentro dos limites da Terra Indígena Guyraroká, em Caarapó. “A área, declarada pela Funai como de ocupação tradicional, aguarda a conclusão do processo de homologação. Nesta segunda, a retomada sofreu um despejo ilegal executado pela Tropa de Choque da Polícia Militar”, diz a publicação.

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