Com febre e dores intensas no corpo, um menino de apenas 4 anos aguarda por um leito em hospital de Campo Grande, com possível diagnóstico para a doença de Kawasaki, uma inflamação dos vasos sanguíneos que pode evoluir para dilatações nas artérias do coração. Ele está internado na Upa Leblon, mas, para confirmar o diagnóstico e iniciar um tratamento adequado, precisa de uma vaga no hospital.
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Segundo Maria Misciane Oliveira Lopes, mãe do garotinho, os sintomas começaram na quarta-feira (2), repentinamente. Na quinta (3), as dores persistiram, então decidiu levar o filho para a Upa Universitário. Ele foi consultado e liberado.
Já na sexta-feira (4), a intensidade da dor aumentou, e ela retornou com a criança para a Upa Universitário. Após a consulta, ele foi liberado novamente. No domingo (6), os sintomas escalonaram e Maria Misciane decidiu levar o filho na Upa Leblon. Lá, os médicos levantaram a possibilidade de se tratar da doença de Kawasaki. O menino estava com febre, dores muito intensas em todo o corpo, boca e olhos vermelhos, e mãos e pés descascando. O exame de sangue indicou bactéria.
Paciente aguarda vaga em hospital
Desde então, o menino está internado na Upa Leblon, sendo medicado com dipirona. “Os hospitais estão negando vaga para ele. Meu filho precisa urgentemente fazer o tratamento, está muito ruim e não tenho para onde correr. Ele sente muita dor, muita febre. Ele precisa fazer exames que na Upa não tem”, lamenta.
No boletim médico da criança, a classificação pelo regulador foi de prioridade 2, ou seja, a situação é urgente, sem risco iminente de morte, podendo ser encaminhado para referência para avaliação da especialidade. Apesar disso, não há nem previsão de quando haverá uma vaga.
“Ele sente tanta dor no corpo que nem consegue ficar no meu colo. Agora, está emagrecendo. Ontem, ele começou a tossir, porque estamos rodeados de outras crianças. Meu filho tem bronquite e toda vez que tosse sente dor. Tenho medo de continuarmos aqui por muito tempo, porque a imunidade dele está baixa”, pontua.
A reportagem acionou a Prefeitura de Campo Grande. Em nota, informou, por meio da Sesau (Secretaria Municipal da Saúde), que a criança permanece estável e está sendo atendida com todos os cuidados necessários na unidade de saúde. “A equipe segue acompanhando o caso de perto enquanto aguarda a transferência para uma unidade hospitalar”.
“A gente pede respostas, mas só falam que não tem vaga nos hospitais. Ele precisa de atendimento adequado”, afirma a mãe.
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