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Cotidiano

Com pomares de laranja crescendo em MS, taxa de Trump é ‘água fria’ em setor

Impostas pelo governo norte-americano, taxas vão retirar 10% do rendimento bruto do setor que tenta se fortalecer em MS
Priscilla Peres -
Pomar de laranja em Cassilândia (Foto: Karla Nadai/Semadesc)

caminha para ter 30 mil hectares destinados à citricultura, quase o dobro do atual. Porém, o avanço do cultivo de frutas cítricas em escala, pode ser freado pelas taxas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Os Estados Unidos são os principais compradores das frutas cítricas brasileiras.

E Mato Grosso do Sul, que tem recebido investimentos recentes do setor, está no meio desse impasse. Desde 2024, tem crescido a área destinada à citricultura no Estado, fruto de investimentos privados e incentivos do poder público.

No início de abril, antes de Trump decidir adiar por 30 dias a taxação, a CNA (Confederação da Agricultura e ) mostrou preocupação em relação ao setor. Em nota, afirma que os Estados Unidos são responsáveis por 31% do mercado brasileiro de sucos de laranja.

“No caso dos sucos de laranja, os EUA contam com alguma produção no mercado doméstico, que seria muito favorecida em relação à alternativa brasileira. A elevação das alíquotas de importação sobre estes produtos pode minar a competitividade do Brasil neste mercado, impactando os rendimentos do produtor”, diz a nota da CNA.

Taxa de 10% sobre o Brasil

No dia 2 de abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá aplicar tarifas de importação de 10% aos produtos brasileiros.

Segundo ele, a medida visa corrigir “injustiças” nas relações comerciais do país. Trump também afirma que a faixa de 10% é uma base, e tarifas mais elevadas poderão ser aplicadas a outros países específicos.

As taxas entrariam em vigor no dia 8 de abril, mas no dia 9, Trump decidiu dar trégua de 90 dias para o início da taxação. Dessa forma, todos com países, com exceção da , devem ter as cobranças a partir de julho de 2025.

Quais os impactos das taxas?

Ainda é prematuro dizer sobre o futuro da citricultura, ou qualquer outro setor, diante das taxas impostas pelos Estados Unidos. Mas é certo que o país tirou 10% da receita bruta de tudo o que importa do Brasil.

Com menor remuneração pela mesma quantidade de produto, os impactos afetam diretamente a cadeia produtiva, que vai precisar se adaptar à nova realidade. Mas muitas podem ser as consequências para o setor, desde a menor remuneração, maior custo para consumidores e até demissões.

Diretor-executivo da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), Ibiapaba Netto, explica que é complicado pensar no futuro, pois se aumentar o custo e reduzir o consumo a conta também não vai fechar.

“Esse valor (10%) que seria distribuído pela cadeia vai para o tesouro norte-americano. Inicialmente não tem muito o que fazer, mas com o tempo o mercado vai buscando se equilibrar, distribuindo as taxas e de preferência com os compradores de suco. Continuamos exportando, mas o Tio Sam levou 10% da nossa receita embora”, explica Ibiapaba.

Mais de 50 produtos

Carne bovina, de aves e peixes, celulose, ferro, açúcar, ovos, legumes e até madeira, são alguns dos 50 produtos que Mato Grosso do Sul exportou para os Estados Unidos em 2024. Toda essa produção será impactada com o recente anúncio de Donald Trump de taxar todos os produtos brasileiros.

Em 2024, Mato Grosso do Sul enviou 785 mil toneladas de produtos aos Estados Unidos, segundo principal parceiro comercial do Estado, perdendo apenas para a China. A relação, que representa 6,7% de tudo o que Mato Grosso do Sul exporta, resultou em 669 milhões de dólares no ano passado.

A carne bovina é o produto mais exportado de Mato Grosso do Sul para os Estados Unidos, que rendeu, em 2024, total de 225 milhões de dólares. A celulose é o segundo produto e o ferro-gusa o terceiro. Óleos, açúcar, couro, carne de aves, peixes, ovos e até amido integram a lista.

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