Com menos ‘dinheiro vivo’ no comércio, cai a circulação de notas falsas em MS
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Mato Grosso do Sul tem registrado uma significativa diminuição no número de cédulas falsificadas ‘rodando’ no mercado nos últimos anos. Segundo os dados mais recentes do Banco Central, MS foi o 8º estado com menor número de falsificações em 2024, com apenas 996 cédulas fraudulentas identificadas. Este é o menor patamar histórico registrado na linha do tempo divulgada pelo BCB.
A redução no número de falsificações em MS reflete uma diminuição global das tentativas de fraude no Brasil. Historicamente, o auge das cédulas falsificadas no Estado ocorreu em 2018, com 37.760 cédulas fraudulentas, posicionando MS como o 5º estado com o maior número de falsificações no país. Desde então, o número tem caído de forma constante, com 7.375 falsificações em 2017, 8.414 em 2019, 3.418 em 2020, 2.247 em 2021, e 1.318 em 2022.
O Banco Central apontou no estudo que as notas mais visadas para falsificação continuam sendo as de maior valor, como as de R$ 50,00, R$ 100,00 e R$ 200,00, confirmando uma tendência histórica.
A queda no número de falsificações pode estar atrelada à implementação de medidas mais eficazes de segurança nas cédulas, como o uso de tecnologias que dificultam a falsificação. Pode ter contribuído também a popularização de métodos de pagamento mais seguros, como o Pix, lançado em 2020, o que também fez diminuir a circulação de cédulas físicas e, consequentemente, as tentativas de fraude associadas.
Tentativas de fraude em 2025
Em janeiro, um adolescente foi apreendido com R$ 1 mil em cédulas falsas em Ribas do Rio Pardo, cidade a 99 quilômetros de Campo Grande. Com ele, foram localizadas dez notas de R$ 100 falsificadas. Ele confessou que negociou a compra das cédulas via aplicativo de mensagens, fez o pagamento via Pix e a entrega via Correios.
Já em 2024, diversos outros casos foram registrados. Em outubro, uma quadrilha realizou diversas operações com notas falsas em Campo Grande, deixando diversos comerciantes locais com prejuízos. Composta por uma mulher e pelo menos dois homens, agiram na região da Avenida Júlio de Castilho e bairro São Conrado, falsificando cédulas, principalmente de R$ 200.
Imagens de câmeras de segurança mostram a ação da mulher em outubro. Ela costumava se apresentar apavorada, pedindo para trocar as notas com urgência. Um comerciante, que teve uma nota falsa de R$ 50, conseguiu identificar a mulher e reaver o valor, ao localizá-la em uma loja. Outros comerciantes foram vítimas de valores mais altos, como R$ 600 e R$ 400.
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Falsificação é crime federal
Em todos os casos, a Polícia Civil foi informada, mas o caso foi encaminhado à Polícia Federal por se tratar de crime federal.
O crime de falsificação de moeda ocorre quando uma pessoa fabrica, vende ou distribui cédulas ou moedas falsas, com a intenção de enganar outras pessoas, fazendo com que acreditam que são legítimas. Isso pode envolver a produção de notas falsificadas ou a utilização delas em transações comerciais.
Quem for pego falsificando moeda pode ser punido com pena de reclusão de 3 a 12 anos, além de multa. A pena pode ser ainda mais severa se o crime envolver grande quantidade de notas falsas ou se for cometido em circunstâncias agravantes, como a produção em larga escala.
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