Com inscrições abertas até junho, alistamento feminino já atraiu 399 jovens em três cidades de MS

A primeira turma do serviço militar feminino terá início em 2026

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Alistamento de mulheres é inédito (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Com inscrições abertas desde o dia 1° de janeiro, o SMIF (Serviço Militar Inicial Feminino) já atraiu 399 jovens para o alistamento voluntário em três cidades de Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Ladário e Corumbá. As oportunidades são para mulheres que completam 18 anos em 2025.

A iniciativa inédita nas Forças Armadas foi anunciada pelo Ministério da Defesa em agosto de 2024. Serão ofertadas cerca de 1,5 mil vagas em 28 municípios de 13 estados e no Distrito Federal – 155 vagas na Marinha, 1.010 no Exército e 300 na Aeronáutica.

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Conforme o Exército Brasileiro, a primeira turma do serviço militar feminino terá início em 2026. O processo de alistamento será semelhante ao serviço militar obrigatório, realizado pelos homens ao atingirem 18 anos.

Alistamento feminino

Ao contrário do alistamento masculino, que é obrigatório, as jovens que completarem 18 anos em 2025 poderão incorporar às Forças Armadas como voluntárias. Até então, o ingresso feminino ocorria como militares de carreira, mediante aprovação em concurso público, ou como militares temporárias, por meio de seleção conduzida pelas Regiões Militares.

O alistamento, que pode ser realizado até 30 de junho, pode ser feito de forma presencial, na Junta de Serviço Militar, ou online, por meio do site alistamento.eb.mil.br. A incorporação das voluntárias aprovadas no processo de seleção ocorrerá em 2026. Entre os documentos solicitados, estão: certidão de nascimento ou prova de naturalização; comprovante de residência; documento oficial com foto, como identidade ou carteira de trabalho.

Como funciona

O processo de recrutamento será realizado nas seguintes etapas: alistamento, seleção geral e seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. Uma vez incorporadas, as mulheres ocuparão a graduação de soldado e terão os mesmos direitos e deveres dos homens.

As selecionadas poderão escolher a Força Armada na qual desejam trabalhar: Exército, Marinha ou Aeronáutica. Porém, a incorporação levará em conta a aptidão da candidata e a disponibilidade de vagas.
As recrutas serão incorporadas em 2026 e cumprirão 12 meses de serviço militar – que pode ser prorrogado até oito anos, se houver interesse da Força Armada e da própria militar.

O Ministério da Defesa pretende aumentar, progressivamente, o número de mulheres recrutadas pelo Serviço Militar Inicial Feminino, atingindo o índice de 20% das vagas.

Mulheres nas Forças Armadas

As Forças Armadas possuem 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. Atualmente, as mulheres atuam nas Forças Armadas nas áreas de saúde, ensino, logística e combatente.

Elas ingressam por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), a Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército (ESFCEX), Escola de Sargentos de Logística (EsSLog)  o Instituto Militar de Engenharia (IME). Existe, ainda, a opção de ingresso por meio de processo seletivo, no caso de militares temporárias. 

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