Bolsonaristas protestam por anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e contra o STF (Supremo Tribunal Federal), na manhã deste domingo (3), em Campo Grande. A partir das 9h, o grupo se reuniu na Praça do Rádio Clube, na Avenida Afonso Pena, e saiu em carreata pelo Centro da Capital por volta de 10h45. Manifestantes a pé permaneceram no local da concentração.
O ato conta com a presença de políticos do PL (Partido Liberal), como o deputado federal Rodolfo Nogueira, os deputados estaduais Coronel David e João Henrique Catan, os vereadores de Campo Grande Ana Portela e Rafael Tavares, além de Coronel Portela, presidente estadual do partido.
A manifestação, com slogan “Reaja Brasil”, acontece após Jair Bolsonaro (PL) ser alvo de operação da Polícia Federal, em 18 de julho, por ordem da suprema corte. O ex-presidente passou a usar tornozeleira eletrônica e a cumprir medidas cautelares como toque de recolher e proibição de uso das redes sociais. O ministro Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) devido à “concreta possibilidade de fuga” de Bolsonaro.
Opinião dos manifestantes
Um dos manifestantes, Ari Antunes, empresário de 61 anos, foi às ruas com uma bandeira dos Estados Unidos e do Brasil. “O nosso país está perdendo a democracia e a razão de termos tantos deputados e senadores, para não fazer nada, e esperando que um outro país venha fazer por nós”. O presidente Donald Trump usou o processo contra Bolsonaro para justificar as tarifas de 50% aos produtos brasileiros.
O empresário opina que Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente e deputado federal licenciado, foi aos Estados Unidos para “nos defender” e que o STF seria “mais um partido de esquerda”. Jair Bolsonaro também ficou proibido de ter contato com o filho, que se mudou para os Estados Unidos para tentar articular apoio do país norte-americano à anistia ao pai.

A professora de corte e costura Joana D’Arc, de 61 anos, afirma que votaria em Eduardo Bolsonaro para presidente do Brasil, caso o pai dele não esteja nas urnas. O ex-presidente está inelegível desde 2023, até 2030, por determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“Eu estou aqui hoje lutando pela nossa liberdade e contra tudo isso que tá acontecendo com o nosso país, que é revoltante. As pessoas do 8 de janeiro estão presas ainda e bandidos são soltos”, explica a professora. Joana D’Arc se posiciona contra o PT (Partido dos Trabalhadores), do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
O motorista de aplicativo Matheus André Borges participa do ato com a família. “É importante ensinar para os meus filhos sobre os princípios que a gente defende, que são família, liberdade e justiça, principalmente”. Ele pede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e afirma que há um regime de censura no país. “Todo mundo já passou pelo sentimento de ter medo de postar alguma coisa, falar alguma coisa, com medo da represálias”, explica.
Manifestações
Após a operação da Polícia Federal, o PL se reuniu em 21 de julho e definiu metas pró-Bolsonaro. Entre elas, estava direcionar o foco no projeto que trata da anistia e na PEC 333, que prevê o fim do foro especial por prerrogativa de função no caso dos crimes comuns. A intenção é colocar em discussão as duas matérias no Congresso Nacional, após o fim do recesso parlamentar.
A terceira meta tratou da criação de três comissões de trabalho que iriam funcionar durante todo o recesso parlamentar. Confira o tema de cada comissão:
- Alinhamento da comunicação entre os parlamentares de oposição;
- Mobilização interna na Câmara e no Senado para que as pautas “sejam respeitadas pelos presidentes das Casas”;
- Mobilização nacional para “dar voz ao presidente Bolsonaro”.
A última comissão seria coordenada pelos parlamentares Rodolfo Nogueira e Zé Trovão (PL-SC). Em Campo Grande, ocorreram alguns adesivaços pedindo anistia, além de “Fora Lula” e “Fora Moraes”.
Alguns protestos devem ocorrer pelo país neste 3 de agosto, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Não há previsão de participação de Jair Bolsonaro nestas manifestações, visto que, entre as medidas cautelares, está a proibição de sair aos fins de semana.




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