CNPq aprova projetos de pesquisadores da UFMS para receber R$ 2,7 milhões de fomento

Estudos de sete pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foram aprovados pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e irão receber cerca de R$ 2,7 milhões em investimentos em projetos de pesquisa.

Os recursos vão fornecer condições para o desenvolvimento dos projetos por meio de investimentos em infraestrutura, aquisição de equipamentos, bolsas e outras necessidades operacionais. Além disso, os projetos vão favorecer a formação qualificada, tanto para estudantes de graduação como para os de pós-graduação.

“A aprovação desses projetos é de extrema importância para a nossa Universidade, porque demonstra um desempenho de alto nível dos nossos pesquisadores, refletindo não apenas a qualidade técnica das propostas, mas também no alinhamento dos projetos as prioridades estratégicas do desenvolvimento científico e tecnológico”, definiu o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFMS, Fabrício Frazílio.

Entre os projetos aprovados, cerca de 200 são coordenados por pesquisadores de instituições localizadas nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, recebendo R$ 75 milhões, o que representa 36,01% do valor total recomendado – superando a meta original de 30% para essas regiões.

Confira os pesquisadores da UFMS que foram contemplados:

Adilson Beatriz, do Inqui (Instituto de Química), cuja proposta vai receber R$ 530.300; Edgar Julian Paredes-Gamero, da Facfan (Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Alimentos e Nutrição), com R$ 335.244; Edson Antonio Batista, da Faeng (Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia), com R$ 275.557; Gustavo Christofoletti, do Inisa (Instituto Integrado de Saúde), com R$ 331.460; Moacyr Aureliano Gomes de Brito, da Faeng, com R$ 275.557; Thyara de Deco-Souza e Araujo, da Famez (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia), com  R$ 396.000; e Rodrigo Juliano Oliveira, da Famed (Faculdade de Medicina), com R$ 599.746.

Veja editais completos e mais informações aqui.

Propostas aprovadas

Saúde animal

Entre as propostas contempladas está a da professora Thyara de Deco-Souza e Araujo, da Famez. “O projeto propõe criar um dispositivo de microfluídica para facilitar a manipulação de sêmen e de óvulos de onça-pintada, para facilitar o desenvolvimento das tecnologias de reprodução assistida na espécie”, explica.

Segundo ela, o projeto surgiu a partir da parceria com a pesquisadora Márcia Ferraz, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, que já tem ampla experiência nesta área.

Saúde humana

Na saúde humana, o pesquisador Gustavo Christofoletti foi aprovado com o projeto Passos e telas, que visa o desenvolvimento de protótipos e design industrial de novos produtos para prevenção de quedas de pessoas idosas. Assim, espera-se estudar a relação entre a cognição e a marcha, e propor novos produtos para fisioterapia.

Inteligência Artificial

Já no campo da Inteligência Artificial, o projeto proposto pelo professor Edson Antonio Batista, da Faeng, aborda o desenvolvimento de sistema de controle e linearização de dispositivos eletrônicos (Amplificadores de Potência) para atender as especificações do sistema de comunicação com tecnologia de sexta geração (6G).

A pesquisa será desenvolvida em parceria com o pesquisador José Augusto de Lima, do Departamento de Eletrônica da Universidade de Carleton, em Ottawa no Canadá.

Inovação terapêutica

O pesquisador Adilson Beatriz do Inqui também foi contemplado pelo edital com o projeto que aborda o adenocarcinoma ductal pancreático, um dos tipos de câncer mais letais e desafiadores. “O desenvolvimento de um novo agente terapêutico direcionado à proteína COPZ1 representa uma inovação crucial, enfrentando diretamente as limitações das terapias atuais, que muitas vezes carecem de seletividade e eficácia, resultando em altas taxas de recidiva e mortalidade”, explica o professor.

Engenharia elétrica

Outro projeto contemplado foi o do professor Moacyr Aureliano Gomes de Brito, da Faeng. “Nosso propósito é contribuir para a inovação tecnológica e a sustentabilidade no setor de recarga de veículos elétricos buscando desenvolver um sistema inteligente para a operação dos eletropostos”, detalha.

“Um ponto-chave é que a rede de energia elétrica não está preparada para receber a inserção massiva de carregadores. Neste sentido, o uso otimizado focando na demanda suportável, na sustentabilidade e que possa se adaptar dinamicamente às condições da rede e ao comportamento dos usuários poderá garantir a viabilidade e a escalabilidade de sistemas de recarga”, completa.

Genética e câncer

O professor da Famed e coordenador do CeTroGen (Centro de Estudos em Células-Tronco, Terapia Celular e Genética Toxicológica), Rodrigo Juliano Oliveira, também teve um projeto contemplado no Programa Conhecimento Brasil em parceria com o professor Roberto da Silva Gomes do departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Dakota do Norte, nos Estados Unidos.

“Isso permite darmos sequência aos nossos estudos, especialmente por começarmos com uma nova linha de pesquisa que é a genética toxicológica, parte da biologia do câncer, tema desse projeto novo. Ainda, esse edital prevê essa parceria com a universidade americana, promovendo também a internacionalização”, enfatiza Oliveira.

No projeto, serão trabalhados produtos anti-câncer, pensados e produzidos pelo grupo de pesquisa do professor Roberto da Silva Gomes.

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