Um incêndio atingiu um terreno baldio no cruzamento das ruas Penalva e Filinto Muller, no Jardim Monte Alegre, na manhã desta segunda-feira (22). A chuva que começou por volta das 10h30 ajudou a apagar o fogo, que já estava em fase de extinção.
De acordo com relatos de moradores, a situação é recorrente na região, especialmente nesta época do ano. “Todo ano, nessa época é o mesmo cenário”, desabafou Josué Dionízio, de 48 anos, técnico de segurança do trabalho que mora na região há 8 anos. “A chuva começou já no final, se fosse no começo não teria queimado tanto.”
O garçom Antônio João Paulo Salor, de 46 anos, que reside no bairro há 11 anos, também confirmou a frequência dos incêndios. “Acordei umas 8 horas e já estava bem alastrado. É triste, a minha casa ficou cheia de fuligem. Graças a Deus começou a chover porque foi a chuva que apagou o incêndio”, disse ele.
A auxiliar de serviços gerais Patrícia Santana, de 40 anos, ressaltou que a população está cansada da situação. “Mora há 7 anos e é todo ano a mesma coisa. Saí para trabalhar e já estava pegando fogo. É difícil isso. Isso é gente que vem e ateia fogo”, afirmou.
Reclamações e prejuízos
Além da fuligem que invade as casas e da fumaça que causa problemas respiratórios, os moradores se queixam de outros transtornos provocados pelos incêndios. A queima da vegetação e do lixo no terreno faz com que animais como gambás, lacraias e escorpiões busquem refúgio nas residências.
O terreno, apesar de ter uma placa alertando sobre a proibição de descarte de lixo e entulho, continua sendo um local onde a população descarta resíduos de construção, madeira e lixo doméstico, o que contribui para a propagação das chamas.