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Cotidiano

Campo-grandenses se acostumaram com turismo de graça ou a cidade não tem nada para fazer?

Há quem diga que a capital de MS vive às sombras do Pantanal de Corumbá e do ecoturismo de Bonito; o Jornal Midiamax examina a vocação turística de Campo Grande
Karina Campos -
Roteiro turístico Descubra CG. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

“Não tem nada para fazer em Campo Grande” ou o campo-grandense está acostumado com os atrativos de graça ao seu dispor? No aniversário de 126 anos da Cidade Morena, o Jornal Midiamax examina a vocação para o turismo na capital sul-mato-grossense.

Há quem diga que a capital de Mato Grosso do Sul vive à sombra do Pantanal de e do ecoturismo de . Contudo, os gestores definem a cidade como perfeita para “eventos e negócios”, consequentemente, atribuídos às viagens de trabalho ou festas.

Entretanto, partindo da premissa dos atrativos gratuitos, para o gerente de turismo Wantuyr Tartari, da Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável), há um roteiro diverso que envolve atividades desde aventura até cultura. A disposição depende do interesse do turista.

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“Não somos a ‘porta de entrada’ de outras cidades turísticas há muito tempo. Temos segmentos prioritários, um pouco de cada e roteiros oficiais, como o birdwatching (observação de aves), as cachoeiras, as cervejarias, a gastronomia… Temos empresas cadastradas, legalizadas, com trabalho e equipamentos de segurança todos formalizados. Cada uma desenvolve seu roteiro particular. São grandes parceiros que indicamos para o passeio. A Prefeitura investe divulgando o segmento”, descreve.

Ponto no Mapa do Turismo

A afirmação sobre a diversidade no roteiro está indicada no relatório do Mapa do Turismo, desenvolvido pelo Ministério do Turismo, com o objetivo de ampliar a visibilidade dos locais e facilitar o monitoramento dos recursos públicos no setor.

Os segmentos estão divididos em 20% para cada atrativo: negócios e eventos, rural, aventura, cultura e ecoturismo. O estudo aponta que a cidade recebeu 59,7 mil visitas de turistas nacionais e 35,5 mil internacionais, de acordo com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), entre 2012 e 2017.

Assim, há 77 hotéis e pousadas habilitados, com 8,2 mil leitos disponíveis, gerando 867 empregos formais. Contudo, há indicação de que os turistas se hospedam mais em casas de parentes ou amigos.

“Desde o início, Campo Grande sempre conseguiu a categoria A no Mapa do Turismo. Por ser uma capital, naturalmente já tem essa tendência. Temos uma rede hoteleira que atende diversos públicos, por exemplo, de cinco estrelas. Mais dois estão em construção, como a reinauguração do antigo Hotel Campo Grande e outro na esquina da Praça Belmar Fidalgo. Ficamos um mês respondendo ao questionário do Ministério do Turismo, fomos inseridos desde o lançamento do Mapa”.

O monitoramento da Aena, responsável pelo Aeroporto Internacional de Campo Grande, aponta que, de janeiro a junho deste ano, a cidade recebeu 802.636 passageiros. Sendo assim, o número representa um crescimento de 14% em relação ao primeiro semestre de 2024.

Gerente de Turismo da Semades, Wantuyr Tartari. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Turismo rural

Para quem chega com veículos, há dois distritos: Anhanduzinho e Rochedinho, conhecidos pela contribuição ao . Enquanto Anhanduí fica a 60 km da área urbana, na BR-163, Rochedinho está a 24 km da Capital.

“Em Rochedinho, trabalhamos a Festa do Queijo, que acontece anualmente. É uma festa que começou com 1,5 mil pessoas e hoje recebemos mais de 15 mil em um único dia de evento. Em Anhanduizinho, a característica é mais rural. O setor que mais atende é a Secretaria de Agronegócios. Eles estão mapeando os produtores, as potencialidades, para que a gente extraia informações e indique como trabalhar. Sabemos que lá há fábricas de doces, pimentas. Estão previstas as capacitações para o público do distrito.”

A maior parte das quase 50 cachoeiras da cidade, assim como demais destinos de água, está nos distritos. “As pessoas desconhecem essa informação.” Assim, o trajeto para os destinos de queda d’água varia de 30 a 40 minutos do perímetro urbano.

A lista conta com várias opções, por exemplo:

  • Cachoeira do Ceuzinho;
  • Cachoeira do Inferninho;
  • Poção do Jaú;
  • Cachoeira da Moreninha;
  • Morro do Ernesto;
  • Cachoeira da Macumba;
  • Cachoeira do Terceiro Salto;
  • Cachoeira da Escada;
  • Corredeira da Ilha de Pedra;
  • Cachoeira da Pontezinha.
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Queda d’água da Cachoeira do Ceuzinho. (Helder Carvalho, Midiamax)

Opiniões do setor

Nivaldo Silva de Souza é proprietário da agência Campo Grande Turismo, fundada em 1982. Para ele, desde a criação da empresa, o setor turístico campo-grandense não recebeu potencialização suficiente para convencer o turista a permanecer por longos dias.

“De novo, não existe nada, a não ser o Parque das Nações Indígenas e o Aquário [Bioparque Pantanal]; o restante já existe há muito tempo. Acredito que Campo Grande ficou uma porta para ‘entrada e saída’. Somos uma cidade moderna e bem planejada, ótima para morar, mas a parte turística deixa a desejar. Por exemplo, outras cidades têm grandes shoppings, criação de parques aquáticos, que se tornam referência nacional ou mundial para as pessoas visitarem, e não só passarem.”

Outro questionamento é sobre a relação entre Campo Grande e o Pantanal, que são trajetos turísticos completamente diferentes. “Há clientes que falam que vão ao Pantanal para ‘voltar mais tarde’, mas a pessoa se decepciona ao saber que são horas de viagem até Corumbá ou Bonito. Às vezes, paro e penso muito bem no que falar para não decepcionar esse turista.”

Nivaldo Souza, proprietário da agência Campo Grande Turismo. (Foto: Eliel Dias, Jornal Midiamax)

A falta de uma vida noturna

Nesse contexto, há uma opinião unânime de que Campo Grande é considerada uma cidade tranquila para morar — tranquilidade refletida no silêncio que se perpetua após as 23h. Diferentemente de metrópoles brasileiras, não há uma vida noturna agitada, nem mesmo no Centro. Nem mesmo na 14 de Julho, novo polo boêmio da cidade.

“Há turistas que chegam e encontram a cidade ‘dormindo’ às 22h, com o fechamento de bares, limitação em todas as regiões. Aqui, às 23h, há estabelecimentos em que o garçom te olha de cara feia. Depois da meia-noite, não tem nada, só ladrão furtando fio”, reclama.

Logo, ele conclui que a venda de pacotes é superior para quem prefere “turistar” em litorais ou metrópoles.

Vive às sombras?

Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundtur-MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), defende que a Capital Morena vive a mesma tônica de outras capitais brasileiras localizadas em estados com diversos atrativos turísticos.

“Quando se tem estados com destinos de biomas diversos, a Capital fica, às vezes, em segundo plano no processo de decisão do turista. Isso é algo que se notea em outros lugares, faz parte do processo. O desafio fica em combinar o que atende melhor, para se fazer a junção do lazer. Portanto, Campo Grande tem o seu lugar e o seu papel importante no desenvolvimento da atividade no Estado.”

“Entendo que a Capital precisa se posicionar um pouco melhor, trabalhar seus produtos, procurar os operadores, trabalhar com mais força em eventos. Tem atrativos de qualidade.”

Rota Bioceânica

Sonho idealizado há décadas, a Rota Bioceânica deve ser concluída até 2026. Logo, o corredor logístico, que conectará os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por Mato Grosso do Sul, Paraguai, Argentina e Chile, deve colocar Campo Grande como uma das cidades estratégicas para a passagem de turistas.

Pensando nessa demanda, a Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação de Campo Grande) lança, ainda em agosto, um guia turístico de bolso. Rodrigo Lauletta, diretor-executivo da Agetec, já havia adiantado ao Jornal Midiamax que moradores e visitantes da Cidade Morena poderão conhecer as cidades da rota e, ainda, conferir agenda cultural, atividades de lazer, atrações diversas, exposições, restaurantes, hotéis, entre outras informações relacionadas ao turismo em Campo Grande, pelo aplicativo.

“A rota vai alavancar a movimentação turística na cidade, e hoje não temos um local específico para concentrar essas informações. Agora, com o aplicativo, as pessoas terão informações muito completas sobre lazer e turismo em Campo Grande, um verdadeiro guia de bolso”, explica Lauletta.

Araras são homenageadas em Campo Grande, com nomes de praça, ruas e comércios. (Foto: Helder Carvalho, Jornal Midiamax)

Roteiro completão

O roteiro conta com quatro categorias turísticas campo-grandenses: cultural, gastronômica, rural e de natureza. O Jornal Midiamax separa os “rolês” gratuitos e as experiências que precisam de investimento, por exemplo, o das comidas tradicionais.

De antemão, a cidade merece uma visita com tempo, mas com dois dias é possível visitar museus, monumentos, espaços históricos e vários outros trechos com preços acessíveis e até gratuitos. Ou seja, há possibilidades de turistar em várias vertentes, desde passeios rurais aos culturais.

Bird Watching

A Capital Morena espanja a contemplação da vida silvestre, aliada ao cotidiano urbano. Esse aspecto é destaque para a modalidade birdwatching, a observação de pássaros. Aliás, o título de “Capital das Araras” não é dado à toa, já que é possível observar ninhos espalhados nas sete regiões da cidade, como os das araras-canindés.

O turista interessado nessa modalidade tem 30 pontos de contemplação pelo trajeito, como no Parque Ecológico Anhanduí, Horto Florestal, Canteiro da Avenida Afonso Pena, Lagoa Itatiaia, Lago do Amor, Parque Sóter e em todo o Parque dos Poderes.

Todos os trechos são acessíveis ao deslocamento a pé, com bicicleta, veículos e transporte público. Nisso, os pontos têm acesso livre, controlado e parcialmente livre. Clique aqui e confira a rota completa e detalhada.

Rota de aventura

É turista de aventura? Pois há opção, sim. O município disponibiliza um roteiro com parceria de agências, operadores especializados e empresas que organizam visitas em destinos de aventura.

Nesses casos, é essencial entrar em contato com os responsáveis para a experiência em locais privados ou de difícil acesso. Contudo, a lista conta com opções para rapel, paraquedismo, jumping, trilhas, cicloturismo e até camping.

Clique aqui e confira.

Turismo rural

Para aqueles dispostos a curtir o campo, longe do barulho urbano, há várias opções em estâncias, reservas e fazendas. Também é possível experimentar o gostinho do descanso, com comidas feitas pelos moradores rurais e o convívio com animais.

Confira aqui.

Gastronomia

Além disso, experimentar as comidas típicas de Campo Grande é quase uma obrigação para o turista. Sair da cidade sem comer o saboroso sobá, o macarrão de comitiva ou a chipa é quase uma ofensa, afinal, a cultura enraizada pelos povos colonizadores contribuiu para a identidade da cidade.

Feira Central: possui na área da gastronomia 25 restaurantes, dos quais a maioria dos proprietários tem ascendência japonesa. São descendentes, sobretudo, da Ilha de Okinawa, cuja herança gastronômica se adaptou à culinária local. Está na Rua 14 de Julho, 3351, Centro.

Mercadão Municipal: inaugurado em agosto de 1958, tem sua origem numa feira livre, um ponto de vendas de carnes e verduras que ocupava uma grande área margeando os trilhos da Noroeste, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua 7 de Setembro. A feira funcionou até o final dos anos 1950, quando o terreno foi doado à municipalidade.

Corredor Gastronômico: é possível encontrar todo tipo de comida na Avenida Bom Pastor, o conhecido Corredor Gastronômico da cidade. São 1,4 mil metros lineares, entre a Avenida Eduardo Elias Zahran e a Rua Domingos Jorge Velho.

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(Feira Central. Arquivo)

Cultural

Museus, galerias de arte, centros históricos, monumentos e parques. É possível visitar espaços gratuitamente em Campo Grande.

Logo, é importante investir em um sapato confortável, protetor solar e garrafinha com água para descobrir tais locais.

  • Monumento Maria Fumaça: inaugurado em outubro de 2018, é uma homenagem à antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, cuja presença foi fundamental para o desenvolvimento de Campo Grande e do Centro-Oeste, desde 1914. A escultura possui cinco metros de altura por 20 de comprimento, pesa cerca de 20 toneladas e está suspensa em uma estrutura que imita trilhos e dormentes, criando a impressão de que está decolando. Trata-se de um símbolo do progresso e da mobilidade, na Orla Morena da Avenida Calógeras, Bairro Cabreúva.
  • Morada dos Baís: apesar de estar temporariamente fechado para visitação, até a publicação deste material, o Patrimônio Histórico e Cultural vale a observação externa. Instalado em frente ao Camelódromo Municipal, na Avenida Afonso Pena, o prédio abriga o acervo de fotos, desenhos, quadros e instrumentos musicais de uso pessoal da artista Lídia Baís.

Monumentos

  • Casa do Artesão: localizada no Centro da cidade, a Casa do Artesão está instalada em um prédio histórico tombado pelo patrimônio histórico estadual, sendo um dos principais locais de comercialização de artesanato regional. Na Casa, você encontra objetos de fabricação indígena, artesanato regional, panos de pratos, toalhas de crochê, camisetas, literatura e música regional, entre outros artesanatos vinculados ao MS e a nossa Capital Morena.
  • Comunidade Tia Eva: a comunidade negra da Igreja de São Benedito é definida como uma comunidade remanescente de quilombo, desde 1905, e reconhecida pela Fundação Cultural Palmares. É uma luta dos descendentes da Tia Eva manter a comunidade unida em torno do território. Portanto, a história da comunidade se confunde com a própria história de Tia Eva. Escrava nascida em Mineiros, Goiás, Eva Maria de Jesus decidiu vir para o então Estado de Mato Grosso em 1905, já com suas três filhas: Joana, Lázara e Sebastiana.
  • Esplanada Ferroviária: é possível visitar quatro pontos históricos pela extensão da Esplanada Ferroviária, conhecendo a Vila Ferroviária, o Armazém Cultural “Helena Meireles”, o Conjunto da Rotunda e o prédio histórico Gabinete do Prefeito.

Parques

  • Parque das Nações Indígenas: rodeado pelos córregos Prosa e Sóter, possui a maior vida silvestre dentro de um parque. As entradas levam os nomes da comunidade indígena. Tem área de 4.000 m², cinco parquinhos infantis e um lago distribuídos pelo parque; além disso, conta com estrutura de banheiros para os frequentadores.
  • Bioparque Pantanal: o maior aquário de água doce da América Latina tem visita totalmente gratuita. Basta conferir os horários disponíveis e agendar pelo site. O cartão-postal abriga mais de 200 espécies de peixes, sendo mais da metade delas pertencente à fauna pantaneira. São 33 tanques d’água para peixes nativos de MS e de faunas do mundo.
  • Praça Ary Coelho: a praça ocupa o local do primeiro cemitério do Arraial de Santo Antônio do Campo Grande, que, como era costume na época, ficava nas imediações da igreja. Na praça, que leva o nome do prefeito Ary Coelho, está instalada sua estátua em bronze, de corpo inteiro, inaugurada em fevereiro de 1954. Também no local, encontramos o busto de Pandiá Calógeras e uma fonte luminosa.
  • Estátua do Poeta Manoel de Barros: o canteiro da Avenida Afonso Pena, próximo à Rua Rui Barbosa, abriga a escultura do poeta Manoel de Barros. Com 1,38 m de altura e pesando 400 kg, a estrutura é uma réplica perfeita de Manoel de Barros sentado no canto que mais gostava: o sofá de casa. A obra é toda em bronze e assinada pelo artista plástico campo-grandense Ique Woitschach.

Contemplação

  • Santuário Estadual Nossa Senhora Perpétuo Socorro: tombado como Patrimônio Histórico de Campo Grande em 2019, o Santuário Perpétuo Socorro carrega história desde o ano de 1939. O local, além de se destacar por suas características arquitetônicas, oferece celebrações religiosas, como missas diárias e novenas que ocorrem todas as quartas-feiras.
  • Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena: criado em 30 de agosto de 1999, o Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena está localizado na Aldeia Urbana Marçal de Souza e foi recentemente restaurado. É a primeira aldeia urbana do Brasil, possui 340 m², ocupados em sua maioria por famílias da etnia Terena.
  • Morenão, Estádio Pedro Pedrossian: o Estádio Pedro Pedrossian, ou Morenão, como é chamado, é um estádio de de Campo Grande. O estádio está situado na zona sul da cidade, dentro do campus da UFMS. Foi inaugurado em 7 de março de 1971. O primeiro jogo do estádio foi entre Flamengo e Corinthians, vencido pelo Rubro-Negro por 3×1. O primeiro gol no novo estádio foi marcado por Buião, do Flamengo. Porém, está temporariamente fechado para jogos.
Museu-Jose-Antonio-Pereira
Museu Jose Antônio Pereira. (Divulgação, PMCG)

Museus

  • Museu das Culturas Dom Bosco: em 2003, a Missão Salesiana de Mato Grosso e a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) assinaram convênio com o Governo do Estado de MS, transferindo o museu para o Parque das Nações Indígenas, nos altos da Avenida Afonso Pena. Atualmente, o museu possui uma área de aproximadamente mil metros quadrados de exposição permanente e, também, área de exposições temporárias, recepção e parte administrativa.
  • Museu José Antônio Pereira: um local histórico que abrigou a família do fundador da cidade, o mineiro José Antônio Luiz Pereira, no Jardim Monte Alegre. A fazenda foi doada à Prefeitura, pela filha de Antônio Luiz, dona Carlinda Pereira Contar, em 1966, virando museu em 1983. Em 1999, foi restaurado. Na entrada do museu, encontra-se uma escultura, retratando Antônio Luiz, a esposa Anna Luiza e a filha Carlinda. Esta foi de autoria do artista plástico José Carlos da Silva “Índio”, entregue ao museu na década de 1980. O local, em 1983, foi tombado como Patrimônio Municipal.
  • Museu da Imagem e do Som: preservando os registros que compõem a memória visual e sonora sul-mato-grossense, o acervo do MIS conta com mais de 170.000 mil itens, entre fotografias, filmes, vídeos, cartazes, discos de vinil, DVDs, objetos e registros sonoros. Atualmente, está instalado no prédio da Fundação de Cultura de MS, onde também está a Biblioteca Pública Estadual Isaías Dr. Paim, na Av. Fernando Corrêa da Costa.
  • Marco: o Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul foi criado em 1991 e abrigado na Rua Antônio Maria Coelho. Sendo assim, o acervo provém da Pinacoteca do Estado, doações de colecionadores, artistas e de instituições culturais. Possui 1,6 mil obras que pontuam o percurso das de MS.

Histórico

  • Centro Cultural José Octávio Guizzo: o Centro Cultural José Octávio Guizzo foi fundado no governo de Wilson Barbosa Martins, em 11 de outubro de 1984, abrigando diversas salas com nomes de artistas da terra, como o Teatro Aracy Balabanian, Sala Rubens Corrêa, Sala Conceição Ferreira, Galerias Wega Nery e Ignez Corrêa da Costa. Foi sede da Biblioteca Estadual Isaías Paim, da pinacoteca e filmoteca estadual. Assim, oferta oficinas de flores, aulas de dança e disponibiliza o espaço para ensaios de teatro, na Rua 26 de Agosto, 453.
  • Escultura da Guampa de Tereré: instalada no mirante do Aeroporto Internacional, em dezembro de 2014, a Guampa de Tereré pesa 300 quilos e tem por volta de 6 metros de altura. Feita de armação de ferro e finalizada com massa plástica de resina de poliéster com areia, com detalhes cromados, a obra é do artista plástico Anor Pereira Mendes. Assim, a Guampa de Tereré é um monumento em homenagem à tradição sul-mato-grossense.
  • Praça das Araras: situada no Bairro Amambaí, a Praça das Araras conta com quadra de esportes, parquinho infantil e um espaço ideal para armar uma roda de tereré e conversar com os amigos. Assim, além de seu valor simbólico e cultural, a praça é um excelente local para apreciar o pôr do sol e registrar belíssimas fotografias.

Lagos

  • Lago do Amor: projetado na primeira metade da década de 1960, o Lago do Amor era chamado, então, de Lago das Tulipas. O lago foi criado para promover o embelezamento do campus Campo Grande da UFMS, servir de referência para pesquisas ambientais e amenizar o clima seco do cerrado sul-mato-grossense. O nome Lago do Amor lhe foi conferido nos anos seguintes, pelo hábito de muitos casais de namorados.
  • Lagoa Itatiaia: situada dentro da área urbana de Campo Grande, no Jardim Itatiaia, Bairro Tiradentes, possui cerca de 350 metros de largura e é a única lagoa em Campo Grande. Logo, é considerada um dos cartões-postais da cidade e possui uma escultura do peixe cará, do artista plástico Pedro Guilherme. Caminhar ao redor da lagoa, sentar na grama e contemplar o pôr do sol, ou ainda tomar um bom tereré, são as opções de quem prestigia o lugar.
  • Feiras: fim de semana é dia de feira cultural. Há diversas opções, como a Feira da Bolívia, Feira do Bosque da Paz, Feira da Antiguidade, Feira Explosão e Feira Ziriguidum. Clique aqui e confira os dias.

Transporte e trânsito

Há controversas sobre a tranquilidade do trânsito na cidade. Enquanto alguns opinam sobre a lentidão e o aumento de veículos, há quem elogie as avenidas rápidas. É possível atravessar o município em menos de 40 minutos.

Atualmente, Campo Grande tem 12 locais de onda verde com semaforização em tempo fixo: Avenida Calógeras, Rua 13 de Maio, Rua Padre João Crippa, Rua José Antônio, Rua 13 de Junho, Rua 25 de Dezembro, Rua Bahia, Avenida Ceará, Avenida Afonso Pena, Avenida Mato Grosso, Avenida Fernando Côrrea da Costa e Avenida Júlio de Castilho.

Os meios de transporte em Campo Grande são bem simples e fáceis de usar. Ainda que exista somente uma opção pública de transporte em Campo Grande, há diversas outras particulares para ajudar, como as plataformas de corrida.

Meios de locomoção disponíveis:

  • Ônibus do Consórcio Guaicurus;
  • Táxis;
  • Carros de aplicativo;
  • Mototáxi;
  • Bicicleta;
  • Carros de aluguel.
Ipês-roxos na Afonso Pena e os cliques da população. (Foto: Helder Carvalho, Jornal Midiamax)

Arborizada e reconhecida

Campo Grande lidera o ranking nacional de arborização urbana entre as capitais brasileiras, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento revela que 91,4% dos domicílios da capital sul-mato-grossense estão localizados em vias públicas com pelo menos uma árvore, ou seja, índice que coloca a cidade à frente de todas as demais capitais do país.

O estudo do IBGE, que analisou as características urbanísticas do entorno dos domicílios, considerou apenas a presença de árvores em áreas públicas, excluindo aquelas em quintais privados. A metodologia adotada avaliou cada trecho das vias — chamados de “faces de quadra” —, compreendido como um pedaço da quadra onde fica o domicílio; por exemplo, de uma esquina a outra. Isso significa que as árvores precisavam estar no trecho da rua em que os moradores residiam.

No contexto nacional, a média de brasileiros que vivem em ruas arborizadas é de 66%. Em contraste, 34% da população reside em vias sem nenhuma árvore. Portanto, entre os estados, Mato Grosso do Sul se destaca como o único com percentual acima de 90% de moradores em ruas arborizadas, atingindo 92,5%.

Mapa

turismo em Campo Grande
Roteiro turístico Descubra CG. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Com tanta opção disponível, o campo-grandense se acostumou com o turismo de graça ou a cidade não tem nada para fazer?

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Revisão: Dáfini Lisboa

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