Há pouco menos de um mês, uma loja na Rua 13 de Maio, de utilidades, acessórios e até maquiagens, liquidou tudo por 50%. A proprietária, muito discreta, não fez barulho, não anunciou nada, apenas, nos últimos dias, colocou uma faixa dizendo que tudo estava pela metade do valor. Ao ser questionada sobre o motivo, reclamou do movimento, do alto valor do aluguel e do que chamou de abandono da região central de Campo Grande. Agora, mais uma vez, outra repete este comportamento, liquidando sete mil itens pela metade do valor.
A reportagem do Jornal Midiamax esteve em ambos os locais. Desanimada, a proprietária disse que estava amargando prejuízo, há alguns meses, e ficaria um tempo em casa “pensando no que fazer”. Nesta terça-feira (24), na outra quadra, mais uma loja anunciou que, infelizmente, está “encerrando as atividades”, colocando cerca de 15 funcionários para etiquetarem tudo com 50% de desconto. Confira o vídeo que circula nas redes sociais:
“Estamos há 12 anos neste endereço. E posso dizer que o Centro está morrendo. Ficamos muito tristes ao ver tudo isso. Primeiro foi a Rua Rui Barbosa, muitas lojas fechando as portas. E agora a Rua 13 de Maio. Esta unidade está fora do padrão das redes, e os donos decidiram fechar. Aqui não bate meta desde a pandemia, foi diminuindo e, conversando com os vizinhos aqui, o problema é geral”, afirmou o funcionário, que não será identificado.
Além disso, ele fala que sente um “abandono geral”, com muitos andarilhos circulando pela região, e afirma que mudanças implementadas na região “quebraram” muitos comerciantes. “Todo mundo fala que o aluguel é um valor exorbitante. Aqui foi mantido o mesmo valor porque foi muito bem negociado”, comentou o funcionário. No caso da megaloja, a reportagem apurou que o valor pago mensalmente é R$ 20 mil.

‘Aqui tinha movimento, uma fila enorme’, relembra funcionário
Com o fechamento, cerca de 7 mil itens serão vendidos pela metade do valor. “É triste ver a situação, mas ao menos os funcionários serão realocados. Mesmo assim, é triste demais. Ver esta rua, para quem conheceu antes, do jeito que está. Aqui tinha movimento, era banco, lotérica, uma fila enorme que dava na nossa loja, e hoje quase não tem movimento, passa muito morador de rua, ficou bem complicado”, lamentou o funcionário.
Há exatos 11 meses, outra “gigante” que atuava no Centro de Campo Grande também fechou as portas: a C&A anunciou o fechamento em julho de 2024, ressaltando, na ocasião, que estava estudando o remanejamento dos funcionários. A empresa alegou um “cenário de dificuldades”, não só no caso deles, mas do comércio na região central da cidade.

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