Em meio a críticas e apontamentos sobre falhas na rede de proteção às mulheres vítimas de violência, a Prefeitura de Campo Grande realiza nesta quinta-feira (15) mais um curso de capacitação e formação continuada voltado aos agentes da Patrulha Maria da Penha. A convocação está publicada no Diogrande (Diário Oficial) desta terça-feira (15).
O curso, promovido pela Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social, em parceria com a Secretaria Executiva da Mulher, tem como objetivo aprimorar o atendimento às mulheres em situação de violência, além de fortalecer os laços entre os profissionais que integram a rede de enfrentamento à violência contra a mulher na capital sul-mato-grossense.
De acordo com edital publicado pela secretaria, os guardas civis metropolitanos lotados na Gerência Operacional da Patrulha Maria da Penha estão convocados para a formação. A proposta visa oferecer atualização contínua aos servidores de carreira. Entre os focos do curso está a humanização do atendimento e a ampliação dos conhecimentos sobre as diferentes formas de violência de gênero.
Entre os temas abordados no curso estão: violência doméstica e familiar contra a mulher, feminicídio, importunação sexual, medidas protetivas de urgência, além do acolhimento humanizado das vítimas. Além disso, o conteúdo prevê debates sobre a atuação integrada dos órgãos da rede de proteção.
O curso ocorrerá das 8h às 18h, no auditório da Casa da Mulher Brasileira, na Praça do Rádio Clube. Os servidores relacionados no edital deverão comparecer com uniforme completo: calça, gandola, coturno e cobertura azul.
Rede de proteção em Campo Grande
Embora seja um procedimento habitual, essa capacitação ocorre em um momento de atenção à estrutura de atendimento às mulheres, marcado por críticas à rede de proteção em Campo Grande. Vale lembrar que a morte da jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio em abril deste ano, gerou forte comoção. O caso acendeu o alerta sobre falhas nos mecanismos de prevenção e resposta à violência doméstica. O caso repercutiu nacionalmente e expôs a urgência de melhorias no acolhimento e na efetividade das medidas protetivas.
Desde então, organizações da sociedade civil e especialistas denunciam a falta de integração entre os órgãos da rede. Além da ausência de acompanhamento adequado de mulheres em situação de risco, o que reforça a necessidade de capacitações.
Confira os convocados para o curso de capacitação na pág. 26:
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