Em 2023, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) estimava que 6,7 mil pessoas de Mato Grosso do Sul teriam câncer. Do total, 2,1 mil casos diagnosticados em mama e próstata, sendo os tipos mais comuns de câncer. Por serem pouco invasivos, na maioria dos casos, o paciente tem cura e qualidade de vida após o câncer.
Mas tudo depende em qual período da doença o diagnóstico ocorre. Claro que quanto mais cedo, mais chances de cura rápida. Como consultas e exames no SUS (Sistema Único de Saúde) podem demorar, a recomendação é aproveitar campanhas e mutirões para manter os exames em dia.
Em Mato Grosso do Sul, o Hospital de Câncer Alfredo Abrão é referência no tratamento do câncer, atendendo 72% dos pacientes oncológicos do SUS do Estado. Só em 2024, foram realizados 224.729 procedimentos pelo SUS, incluindo 64.240 consultas, 2.040 cirurgias, 77.160 exames laboratoriais, 8.408 atendimentos no Pronto Atendimento, além de radioterapia, quimioterapia e outros.

Oncologista Clínico do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, Dr. João Paulo Vendas Villalba explica que a maioria dos pacientes que chegam ao hospital já tem diagnóstico, mas existe uma necessidade não atendida em pacientes, principalmente no interior do Estado, que tem mais dificuldade de acesso a atendimento especializado.
Atenção aos sintomas
Neide Ferreira, 61, sentia uma dor forte no braço esquerdo, fez vários raios-x, mas nunca deu nada, até que um dia sentiu uma dor forte no bico do peito. Ao apalpar mama, percebeu um nódulo e então iniciou a busca por exame e consulta. Na mamografia encontrou dois nódulos e a biópsia comprovou que era câncer.
Ela precisou tirar uma mama e agora tem interesse em uma prótese. “No início eu disse que não queria, pela minha idade, mas agora eu quero porque a gente se sente muito mal”. Ela fez a cirurgia há um ano e está bem, com qualidade de vida e fazendo exames regularmente.
O oncologista João Paulo destaca que mama e próstata são os tipos de câncer mais comuns e ambos podem ser diagnosticados precocemente com exames de rotina. No dia a dia, ele vê mulheres chegando para tratamento em estágio inicial, justamente devido ao acompanhamento médico.
Mas, no caso do câncer de próstata, que atinge principalmente homens idosos, os casos costumam avançar. “É um público que não tem o costume de ir ao médico, de fazer exames regulares e, por isso, acaba chegando em casos mais avançados do câncer”.
Tabu sobre o câncer
O câncer já foi considerado a pior doença de todas, assustando gerações. Mas, com o avanço da medicina, o tratamento mais eficaz e exames preventivos mais acessíveis, o estigma tem mudado ao longo dos anos.
Médico oncologista, João Paulo destaca que, atualmente, os medicamentos são menos tóxicos, mais rápidos e os pacientes se recuperam melhor dos casos. Além disso, a população passou a ter mais acesso à informação sobre a doença, o que diminui o medo.
Próstata e mama são os tipos mais comuns e menos invasivos de câncer. Mas, outros tipos de câncer, mais agressivos, apresentam dificuldade no diagnóstico, como o de pulmão. Atualmente, 75% dos casos de pulmão são diagnosticados em situação avançada, incurável. “Quando tem sintoma, já está avançado. Hoje, as pesquisas estão evoluindo para esse rastreamento do câncer do pulmão, com expectativa de chegar ao SUS nos próximos anos”.
Causas do câncer
É difícil falar em uma causa, mas tem fatores preponderantes. Como, por exemplo, o tabagismo em casos de câncer de pulmão, já nos casos de mama, é possível notar uma questão genética nos pacientes, que contribui para o aparecimento de câncer.
Estudos comprovam que atividade física, controle de peso e alimentação saudável são importantes na prevenção ao câncer.

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