Professora da rede municipal de ensino de Campo Grande, Rosangela Ferreira da Silva, de 38 anos, terá seus contos e poesias lançados na próxima Bienal do Livro, que acontece na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 22 de junho.
✅ Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram
A escritora e professora foi selecionada para integrar a Coletânea Nacional de Literatura Brasiliê. Rosangela assina dois textos na obra: o conto “O menino que não gostava de cortar as unhas” e a poesia “Mato Grosso DO SUL”, uma crítica bem-humorada à constante confusão entre o Estado e seu vizinho, Mato Grosso.
O projeto literário reúne autores de 23 estados e do Distrito Federal, com a proposta de valorizar a produção nacional nas categorias conto, crônica e poesia. Durante a Bienal, Rosangela participará de sessão de autógrafos no estande da editora, ao lado de outros escritores da coletânea.
Além de marcar presença na Bienal, a professora também publicará seu primeiro livro solo, intitulado ‘Sentimentos em Palavras: A todos (as) que já amei’, lançado pela Caravana Grupo Editorial, em 2024. A obra reúne poesias dedicadas a pessoas que deixaram marcas profundas em sua trajetória. Embora ainda não tenha tido um lançamento oficial, o livro já está disponível para compra no site da editora.
Sobre a escritora
Moradora do bairro Los Angeles, na periferia da capital sul-mato-grossense, Rosangela conta que a escrita começou como um refúgio, no qual transformava suas vivências e sentimentos em palavras. “É uma forma leve de dizer que temos identidade, cultura e história próprias”, afirma a autora.
Rosangela é filha de um funileiro e pintor e de uma diarista. Ela se recorda de que, quando era criança, costumava acompanhar a mãe nos dias de trabalho e mergulhar nos livros disponíveis nas casas onde ela limpava. “Era para eu ajudar, mas acabava me perdendo nas histórias”.
A professora recebeu alfabetização antes mesmo de ingressar na escola, e a leitura e a escrita tornaram-se parte de sua essência. “Sempre tive dificuldade de verbalizar o que sentia. Escrevia cartas, versos, letras de música, poesias. Escrever virou meu modo de existir.”
A escritora ainda passou por quase uma década de bloqueio criativo, causado pelos desafios da vida adulta e desilusões pessoais, mas reencontrou na escrita um caminho de cura. “Hoje escrevo o que sinto, ou o que ouço de outras pessoas. Me aproprio das histórias e as transformo em versos”.
Apaixonada pela educação, Rosangela acredita que a leitura pode transformar realidades e quer inspirar seus alunos a fazerem o mesmo. “Ler nos leva a lugares incríveis, desenvolve nossa imaginação e nos ensina a escrever, pensar e ser melhores. Quero que eles entendam que escrever também pode ser uma forma de libertação”.

***
✅ Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp
💬 Fale com os jornalistas do Midiamax
Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?
🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.
✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.