Cinco produtos que compõem a cesta básica em Campo Grande tiveram diminuição e oito tiveram alta no mês de setembro de 2025, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos elaborada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em parceria com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Das 27 capitais do País, cinco tiveram alta no preço do conjunto de alimentos básicos. Entre essas cidades, o maior aumento ocorreu em Campo Grande, com alta de 1,55%.
O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (8) e mostra que o preço da cesta básica em Campo Grande ficou em R$ 780,67.
Na comparação com setembro de 2024, o valor acumulou elevação de 9,24%. Já na variação acumulada ao longo do ano, a elevação foi de 1,34%.
O que baixou e o que subiu de preço
Segundo o levantamento, a batata foi o item que mais amenizou o preço da cesta básica, já a banana foi o produto que mais empurrou o preço para cima.
Itens da cesta básica que ficaram mais baratos
Entre agosto e setembro de 2025, os preços médios de cinco dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram diminuição: batata (-6,96%), arroz agulhinha (-4,75%), açúcar cristal (-4,00%), tomate (3,32%) e feijão carioca (-1,04%).
Itens da cesta básica que ficaram mais caros
Os outros oito itens apresentaram elevação nos valores: banana (8,84%), óleo de soja (4,46%), café em pó (4,32%), leite integral (2,48%), pão francês (1,62%), carne bovina de primeira (1,33%), manteiga (1,11%) e farinha de trigo (1,02%).

No acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e setembro de 2025, seis produtos registraram alta: café em pó (47,82%), tomate (34,66%), farinha de trigo (7,44%), pão francês (4,98%), leite integral (2,66%) e banana (0,66%).
Os alimentos com queda nos valores médios foram: batata (-37,06%), arroz agulhinha (-32,15%), feijão carioca (-8,40%), açúcar cristal (-7,02%), manteiga (-3,42%), óleo de soja (-1,19%) e carne bovina de primeira (-0,36%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações nos preços de seis dos 13 produtos: café em pó (69,71%), tomate (49,07%), óleo de soja (28,01%), carne bovina de primeira (26,04%), farinha de trigo (12,68%) e pão francês (7,53%). O preço médio do açúcar cristal não variou.
Além disso, houve redução nos preços médios dos seguintes itens: batata (-50,54%), arroz agulhinha (-30,11%), banana (-10,12%), feijão carioca (-9,03%), manteiga (-2,40%) e leite integral (-0,81%).
Comprometimento do salário mínimo
Em setembro de 2025, o trabalhador de Campo Grande, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.518,00, precisou trabalhar 113 horas e 08 minutos para adquirir a cesta básica.
Isso representa um aumento na quantidade de horas trabalhadas para a obtenção do conjunto de alimentos básicos. Em agosto de 2025, o tempo de trabalho necessário havia sido de 111 horas e 25 minutos.
No ano passado, setembro de 2024, o salário mínimo era de R$ 1.412,00, e o tempo de trabalho necessário ficou em 111 horas e 20 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em setembro de 2025, 55,60% da renda para adquirir a cesta. Em agosto, esse percentual correspondeu a 54,75% da renda líquida e, em setembro de 2024, a 54,71%.
Cesta básica no Brasil
No nível nacional, o levantamento apontou que o valor do conjunto de alimentos básicos diminuiu em 22 das 27 capitais.
Sendo assim, das cinco cidades que tiveram alta no preço do conjunto de alimentos básicos, Campo Grande apresentou o maior aumento, com 1,55% de alta.
Entre agosto e setembro de 2025, as maiores quedas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%).
Quanto deveria ser o salário mínimo
Em setembro de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.075,83 ou 4,66 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00, considerando a cesta mais cara do país que, em setembro, foi a de São Paulo.
Todos os meses o Dieese estima o valor do salário mínimo necessário para atender uma família de quatro pessoas, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em agosto, o valor necessário era de R$ 7.147,91 e correspondeu a 4,71 vezes o piso mínimo. Em setembro de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.657,55 ou 4,71 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00.
💬 Fale com os jornalistas do Midiamax
Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?
🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.
✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.