Campo Grande dá um passo significativo no apoio ao empreendedorismo feminino com a inauguração, nesta segunda-feira (5), da inédita Sala da Mulher Empreendedora. A iniciativa, uma parceria entre a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria-Executiva da Mulher (Semu), e o Sebrae/MS, é a primeira do gênero em todo o Centro-Oeste.
A solenidade de lançamento, realizada no auditório da Semu, celebrou a concretização de um projeto idealizado durante o “Delas Day”, em março, quando a Prefeitura e o Sebrae/MS firmaram o termo de cooperação. O objetivo central da Sala é oferecer suporte técnico, capacitações e informações estratégicas para mulheres que já empreendem e para aquelas que almejam iniciar um negócio próprio.
A prefeita Adriane Lopes, destacou a importância pioneira da iniciativa. “Nós estamos muito felizes nessa tarde, estamos inaugurando a primeira sala da mulher empreendedora do Mato Grosso do Sul, e a primeira do Centro-Oeste, na capital, em Campo Grande”, exclamou.
A chefe do executivo municipal enfatizou que a parceria com o Sebrae trará “oportunidades reais para as empreendedoras da capital, capacitando essas mulheres, tirando elas da informalidade e profissionalizando o trabalho, pensando no futuro e na geração de empregos na nossa capital.”
Ao detalhar a colaboração entre os órgãos, a prefeita explicou que a iniciativa visa, sobretudo, romper o ciclo de violência doméstica, frequentemente atrelado à dependência financeira. “Nós sabemos que as mulheres quando elas têm uma dependência financeira, e elas estão num ciclo de violência, é muito mais difícil delas saírem do ciclo de violência, então a sala da mulher empreendedora vem somar as políticas públicas, trazendo resolutividade na nossa capital na prática, mudança de vida na prática. Aqui nós teremos equipes técnicas capacitadas pelo SEBRAE para trazer essa oportunidade para as mulheres.”
Um exemplo prático citado pela prefeita ilustra o alcance da Sala. “Vou citar um exemplo, uma feirante que esteja em uma das feiras ou culturais ou feiras tradicionais de Campo Grande, mas que ainda não tem uma documentação, uma legalização do seu espaço, aqui na Sala da Mulher Empreendedora, elas terão oportunidade de se legalizarem, de empreenderem, de buscarem recursos através da profissionalização que nós vamos ofertar através do SEBRAE.”

Mais de 30 mil empreendedoras
A diretora técnica do Sebrae, Sandra Amarilha, corroborou a visão da prefeita, ressaltando o potencial empreendedor feminino na capital. “A gente sabe que são mais de 30 mil empreendedoras só em Campo Grande, a força da mulher aqui na capital. Nós temos um terreno fértil em Campo Grande para o empreendedorismo feminino. No entanto, é necessário criar uma potente rede de apoio”, disse.
Para Amarilha, essa rede de apoio é crucial para a sustentabilidade dos negócios liderados por mulheres. “Essa rede de apoio para capacitação, para orientação, para que esta mulher não só abra uma empresa, mas que ela possa sobreviver nesse mercado cada vez mais competitivo. É necessário que ela se cerque de ferramentas, de conhecimento, de apoio, e que esses negócios possam prosperar”, afirmou.
A diretora técnica do Sebrae também enfatizou o papel da autonomia financeira no combate à violência de gênero. “A autonomia financeira é o primeiro passo para romper com o ciclo de violência. Uma mulher que tem condição de alimentar seus filhos, que tem condição de dar o primeiro passo, ela não fica submissa”, explicou.
Sobre o funcionamento da Sala, Sandra Amarilha informou que haverá “uma agenda permanente de capacitações à disposição, treinamentos gratuitos à disposição dessas mulheres e teremos também um atendimento permanente aqui nesta sala com os nossos técnicos.” Ela acrescentou que o atendimento inicial será dimensionado de acordo com a demanda prospectada.
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Suporte para empreendedoras
A secretária-executiva da Mulher, Angélica Fontanari, expressou sua satisfação com a inauguração. “A Sala da Mulher Emprendedora é uma conquista, não somente para Campo Grande, mas eu acredito que pra todo estado, porque é um indicativo da relevância com que a gente trata o assunto da questão de capacitação, de suporte para as mulheres que desejam empreender”, disse.
Fontanari lembrou a recente inauguração da escola de capacitação da Semu, a S.C.A.P., onde já são oferecidos diversos cursos profissionalizantes. Segundo ela, a Sala da Mulher Empreendedora surge como um elo para as mulheres que buscam transformar suas habilidades em negócios. O objetivo final, conforme a secretária, é “tirar a mulher da informalidade, trazê-la para a formalidade, dar suporte para ela, não somente abrir a sua empresa, mas continuar, avançar, não abrir e morrer no caminho.”
“De acordo com o nosso dossiê Mulher de 2024, foram levantados que 70% das mulheres vítimas de violência doméstica possuem idade entre 20 e 41 anos, justamente a idade que a mulher está mais produtiva. Dessas mulheres, mais de 20% são completamente dependentes do agressor.” Nesse contexto, a Sala da Mulher Empreendedora e a escola de capacitação da Semu se configuram como “mais uma política pública efetiva que sai das quatro paredes para alcançar essa mulher e dar essa independência, fortalecê-la para que ela consiga sair do ciclo de violência e aquelas que graças a Deus não são vítimas, mas consiga ter o seu negócio e também ajudar em casa”, concluiu Fontanari.
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