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Cotidiano

Cadê a volta da maternidade? Moreninhas é um bairro que dá para fazer de tudo, menos nascer

Hospital da Mulher Honória Martins Pereira foi inaugurado em março de 2000 e manteve atendimento até 2016
Graziela Rezende -
(Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Ambulâncias chegando, corredores movimentados e o chorinho mostrando que alguém iniciava a vida. Por 16 anos, esta foi a realidade na Maternidade das , no chamado Hospital da Mulher Honória Martins Pereira, inaugurado em março de 2000.

No entanto, mesmo instalado em um dos bairros mais populosos, a informação oficial é que, por conta da baixa demanda, foi necessário o fechamento. Sendo assim, tudo acabou em 2016 e, em 2023, o espaço foi invadido por moradores em situação de rua. A prefeitura chegou a falar em outras estratégias, mas, a maternidade nunca foi reaberta e muitos moradores sentem falta.

O auxiliar de serviços gerais, Antônio Aparecido da Silva, de 60 anos, diz que mora há uma década na região, bem na frente do estacionamento da maternidade, e viu o local em pleno funcionamento. “Eu gostava. Sempre saía alguém com o bebê nos braços, eu pedia para ver, era a coisa mais linda. E eu ouvia o chorinho”, disse.

Segundo seu Antônio, a maternidade faz muita falta para população. No caso dele, a irmã teve filho lá e todos falam da importância do local para a comunidade. A dona de casa Tarcilia Edna Bucalon, de 59 anos, mora na mesma rua há 35 anos. Ali nasceu a neta e ela relembra momentos importantes na maternidade.

“Vi a minha netinha nascer. Faz 16 anos e, na época, ela foi muito bem atendida. Era muito bom quando tinha a maternidade, uma pena que acabou, faz falta aos moradores. Até chegar na maternidade, o neném nasce no meio do caminho. Se retomasse era bom, tirava até os mendingos que ficam tumultuando o lugar ali”, lamentou.

A servidora pública Bianca Carvalho, de 27 anos, ressaltou que é mãe de duas meninas, sendo que a mais velha, de 10 anos, nasceu na maternidade das Moreninhas.

(Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

“O atendimento era excelente e, infelizmente, fechou. Eu vi tudo em pleno funcionamento e, na época, eu era menor de idade e fui muito bem atendida. No caso da mais jovem, tive que ir para o HU [Hospital Universitário]. E até hoje o pessoal reclama. A gente queria ver de novo a maternidade, seria bom para as mamães futuras”, argumentou.

Solange de Lima Henrique, de 50 anos é outra moradora das Moreninhas.

Ela possui um comércio bem perto da antiga maternidade, então, acompanhou todo o processo de início e fechamento. E lamenta muito.

“Vi a maternidade nascer e, inclusive, meu sobrinho nasceu aqui. E quando eu fui ter os meus filhos, tive que ir para o HU, porque já não funcionava mais a maternidade. Tive que me deslocar, estava grávida de gêmeos, com a bolsa estourada, perigoso até acontecer algo com a criança, e tive que ir porque a maternidade das moreninhas estava fechada”, disse.

De acordo com a comerciante, muitas pessoas vão ao , ao lado da antiga maternidade, e lamentam. “Era tão bom, mas, fechou. É o que mais eu ouço. As pessoas contam que agora tem que correr de um hospital a outro, então, os moradores sonham que retomasse a maternidade e fosse um hospital. Agora, neste momento, está tomado por moradores de rua”, finalizou.

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