Nove dos 13 itens da cesta básica apresentaram redução de preços de junho para julho de 2025, em Campo Grande. Assim, o preço da cesta de itens básicos registrou queda de 2,18% em julho deste ano, em comparação a junho.
Esse cenário fez com que a capital de MS figurasse com a 6ª cesta básica mais cara entre as capitais brasileiras. No mês passado, Campo Grande ficou entre as 5 mais caras.
Os dados fazem parte do levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Diante do resultado, Campo Grande só não teve uma cesta básica mais cara que as cidades de São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Cuiabá.
O conjunto de 13 itens essenciais custou R$ 775,76 em julho de 2025, na cidade campo-grandense. Na comparação com julho de 2024, a cesta acumula aumento de 5,26%. Já no acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e julho de 2025, a alta foi mais moderada, de 0,70%.
Produtos em queda
Entre junho e julho deste ano, 9 dos 13 itens da cesta apresentaram redução de preços, com destaque para a batata (-28,52%), a banana (-4,10%), o arroz-agulhinha (-4,09%) e o açúcar cristal (-3,69%).
Além desses, também apresentaram ligeira queda o café em pó (-2,95%), leite integral (-1,52%), feijão-carioquinha (-1,16%), manteiga (-0,73%) e carne bovina de primeira (-0,73%).
Itens em alta
Por outro lado, alguns alimentos ficaram mais caros: óleo de soja (2,96%), pão francês (0,97%), tomate (0,37%) e farinha de trigo (0,15%).
No acumulado de 12 meses, os maiores aumentos foram registrados no café em pó (90,06%), no tomate (62,62%) e na carne bovina de primeira (20,49%).
Já a batata (-60,53%) e o arroz (-24,48%) puxaram para baixo o custo médio da cesta.
Peso no bolso do trabalhador
De acordo com o estudo, um trabalhador que recebe o salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou cumprir 112 horas e 26 minutos de jornada para comprar a cesta básica em julho.
O índice é inferior ao registrado em junho, quando a quantidade de trabalho necessário foi de 114h56min. Em julho de 2024, a quantidade de horas trabalhadas para a aquisição dos itens foi de 114h50min.
Considerando o valor de R$ 775,76 da cesta, e o salário mínimo líquido após o desconto da Previdência, o gasto com a cesta básica representou 55,25% da renda do trabalhador em julho.
Já no mês anterior, esse percentual correspondeu a 56,48% e, no mesmo mês do ano passado, esse índice foi maior, de 56,43% da renda do trabalhador.
Levantamento brasileiro
Em 2024, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e o Dieese firmaram parceria para
acompanhamento dos preços da cesta básica, ampliando a coleta de preços de alimentos básicos
de 17 para 27 capitais brasileiras.
A pesquisa nas 10 novas cidades é realizada desde abril de 2025. Os primeiros resultados foram divulgados agora, referentes ao mês de julho de 2025.
Entre as capitais brasileiras, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 15 cidades e aumentou em outras 12.
Sendo assim, entre junho e julho de 2025, as quedas mais importantes ocorreram em Florianópolis (-2,64%), Curitiba (-2,40%), Rio de Janeiro (-2,33) e Campo Grande (-2,18%).
Já as maiores altas ocorreram em capitais do Nordeste: Recife (2,80%), Maceió (2,09%), Aracaju (2,02%), João Pessoa (1,86%), Salvador (1,80%), Natal (1,44%) e São Luís (1,40%).
São Paulo foi a capital em que o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 865,90), seguida por Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48).
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).
Quanto deveria ser o salário mínimo
Ainda conforme o levantamento, em julho de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.274,43 ou 4,79 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00.
Em junho, o valor necessário era de R$ 7.416,07 e correspondeu a 4,89 vezes o piso mínimo. Em julho de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.802,88 ou 4,82 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00.
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