A chegada da primavera, que se inicia nesta segunda-feira (22), traz o aumento da temperatura média em boa parte do Brasil, inclusive em Mato Grosso do Sul, com ocorrência frequente de ondas de calor, realidade que impacta também no aumento do consumo de energia, aumento risco de apagões.
Diante disso, entidades têm buscado, junto ao Governo Federal, rever a suspensão do horário de verão, uma opção para driblar os impactos do calorão. Assim, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) tem buscado dialogar com o governo sobre a pauta.
Isso porque a medida, além de reduzir o risco de apagões, também tende a movimentar a economia, tanto nos bares e restaurantes quanto no comércio em geral.
“O horário de verão vigorou no Brasil por 34 anos e foi uma medida extremamente exitosa. Ele ajudou a economizar energia, reduziu riscos sistêmicos e favoreceu o setor de comércio e serviços, especialmente bares e restaurantes”, avalia Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
Riscos sistêmicos, como apagões, aumentam as chances de prejuízo e perdas no setor.
Segundo a entidade, neste ano o risco sistêmico do setor é ainda maior. “O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) aponta que a chance de interrupção do fornecimento subiu de 10% para 30% entre 2026 e 2027, o que seria inaceitável”, completa Solmucci.
Faturamento do setor
Segundo o representante, durante a vigência do horário de verão, o faturamento do setor de bares e restaurantes crescia entre 18h e 21h, o que ajudaria a recuperar parte das perdas da pandemia, já que bares, restaurantes e comércio em geral tem aumento no movimento potencialmente elevando em 10% a 15% o faturamento mensal dos estabelecimentos.
“O setor de varejo também se beneficiava, com grandes redes relatando aumento de 3%, 4% ou até 5% nas vendas, isso sem falar na movimentação no setor turístico”, afirma.
O presidente da Abrasel no MS, João Francisco Denardi, avalia a situação pelo mesmo ponto de vista.
“O maior tempo de luz natural no fim da tarde tende a aumentar a sensação de segurança entre a população e, consequentemente, atrair clientes para os espaços de convivência, com possibilidade de crescimento no faturamento mensal dos negócios”, pontua.
Fim do horário de verão
Em 2019, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu interromper o horário de verão após 88 anos de vigência, entre idas e vindas.
Na época, o argumento foi que os hábitos de consumo de energia da população brasileira haviam mudado para o consumo diário de eletricidade na parte da tarde, enfraquecendo os resultados e desestimulando a adoção do adiantamento dos relógios.
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