A recém-construída avenida que visa conectar os bairros São Conrado e Jardim Inápolis, em Campo Grande, mal saiu do papel e já apresenta problemas estruturais. Moradores registraram nesta segunda-feira (21) o surgimento de uma cratera que engoliu parte da ciclovia, expondo a fragilidade da obra, antes mesmo de sua inauguração oficial.
As imagens mostram um grande buraco, com metade da ciclovia desbarrancada. Além do dano estrutural, relatos e fotos evidenciam outro problema recorrente na nova avenida: o acúmulo de água pluvial na ciclovia.
A ausência de um sistema de drenagem eficiente transforma trechos da pista em verdadeiras poças, dificultando a passagem de pedestres e ciclistas e gerando riscos de acidentes. A situação se agrava com a grande quantidade de lama que invade a ciclovia, tornando o percurso ainda mais complicado e sujo.


Prefeitura se posiciona
Diante disso, a reportagem do Jornal Midiamax questionou a Prefeitura Municipal se possuía conhecimento do surgimento da cratera e, ainda, questionou as causas do problema de alagamento.
Em resposta, a Prefeitura informou que a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) enviará equipe técnica ao local para avaliar o que provocou o desbarrancamento. A partir disso, definirá as ações que serão executadas para a solução do problema.
“Quanto a água na ciclovia, na execução do projeto foram feitas várias bocas de lobo para absorver a água da chuva. Ocorre que na região o lençol freático é superficial (em alguns pontos com um metro já se encontra água) e quando chove muito o solo não consegue absorver a água com rapidez, com isso ela acaba indo para o canteiro e a avenida e a ciclovia”, diz a nota da Prefeitura.


Risco deveria ter sido previsto?
Pode-se esperar que um projeto desta magnitude preveja características geológicas e hidrológicas da área, prevenindo problemas como a dificuldade de escoamento da água da chuva.
Se a constatação de que o lençol freático superficial seria um fator determinante para os alagamentos na ciclovia, como apontado pela Prefeitura, esta condição poderia ter sido prevista e mitigada desde o início do projeto.
Apesar de ter informado que o projeto previa bocas de lobo para escoar a água, a Prefeitura de Campo Grande foi novamente contactada para responder se previa também as condições hidrológicas citadas (como o caso do lençol freático). Até o momento da publicação, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para posicionamentos.
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