A direção da Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande teme colapso no atendimento pela rede pública de saúde caso os médicos contratados sob o regime PJ (Pessoa Jurídica) façam paralisação. A folha de pagamento da categoria, no valor de R$ 8 milhões, está atrasada.
Presidente do hospital, Alir Terra relatou a preocupação com os profissionais da ortopedia aderirem à possível greve. “A ortopedia é a maior demanda da Santa Casa”, frisou.
Nesta semana, a direção pediu reunião com urgência com a prefeitura e o governo para discutir a renovação do convênio do SUS (Sistema Único de Saúde). A prefeita em exercício, Camilla Nascimento (Avante), já conversou com os dirigentes.
Na reunião, ficou acertado que a prefeitura vai agendar outro encontro, desta vez com representantes do Governo do Estado, para discutir os novos contratos.
Crise na Santa Casa de Campo Grande
A Santa Casa entrou com ação judicial alegando que a vigência do contrato havia acabado no fim de agosto, sem formalização de um novo convênio. O termo foi prorrogado por mais 30 dias. Ainda, explicou que não havia tido resposta sobre o reajuste nos valores, uma vez que o repasse está congelado desde 2023, e, no período, houve inflação e aumento de custos hospitalares.
Atualmente em R$ 32,7 milhões, o termo não seria suficiente para a Santa Casa, que absorve 55,37% da demanda hospitalar na Capital.
Para reforçar a gravidade da situação, os advogados relacionaram reportagens que atestam o déficit. Uma delas do Jornal Midiamax, que destaca paralisação de funcionários do hospital por falta de pagamento.
Assim, a Santa Casa pede a renovação do convênio, corrigido para R$ 45,9 milhões, e recomposição retroativa do repasse referente aos últimos dois anos sem reajuste. O juiz Cláudio Müller Pareja ainda não analisou o caso.
Esse valor seria referente a um pedido de reajuste já acolhido pela Justiça, e, agora, é cobrado o pagamento.
Na semana passada, a Justiça deu 30 dias para o hospital, Estado e município para a elaboração e assinatura de novo contrato. Foi negado o pedido de que esse termo seja no valor de R$ 45.946.359,89 mensais.
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