O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) transferiu 8 macacos-prego e um tuiuiú, para um recinto de ambientação, na Fazenda Santa Sofia, em Miranda, a 208 quilômetros de Campo Grande. Os animais foram resgatados e terão que ficar no local até que estejam aptos para retornar ao ambiente natural.
A transferência foi realizada na terça-feira (18), por uma equipe especializada de biólogos e veterinários do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).
Resgatado por uma equipe do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal), na região de Miranda, o Tuiuiú apresentava dificuldades para voar e foi levado para o CRAS, onde passou por tratamento especializado.
As equipes realizaram técnicas de readaptação e a ave não enfrentou dificuldades para se adaptar ao habitat natural, como explica a veterinária Jordana Toqueto, que acompanha o caso.
“O acompanhamento foi essencial para garantir que o animal pudesse desenvolver plenamente suas habilidades de voo antes de ser transferido para o recinto de ambientação”, relata.

Já os macacos-prego levados para o recinto de ambientação possuem históricos de resgate e apreensão. O primeiro, um macho, foi resgato pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em Corumbá.
Após o resgate, o animal foi levado para o CAE (Centro de Atendimento Emergencial à Fauna Silvestre) no dia 7 de março. O segundo foi levado para o local, na mesma data.
Uma fêmea adulta fêmea adulta capturada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) em 18 de maio de 2023, um filhote deixado na portaria do CRAS em julho de 2023 e um macho alfa capturado em Mundo Novo em fevereiro de 2024, também foram levados para o recinto.
Um dos macacos-prego que passou pelo processo de reabilitação, foi entregue voluntariamente em maio de 2024, em Campo Grande. Também foram levados para o recinto um filhote resgatado pela Polícia Rodoviária Federal de Terenos com quadro de sarna sarcóptica e uma fêmea jovem capturada em uma residência de Ponta Porã em junho de 2024. Inicialmente, ela demonstrava comportamento arredio em relação ao bando.
“Cada macaco tem um histórico de resgate e um processo de reabilitação diferenciado, que respeita o tempo e as condições físicas e comportamentais de cada indivíduo”, observa a bióloga Fernanda Mayer, do Imasul.
Todos os animais passaram por exames clínicos detalhados, incluindo testes para doenças. O resultado negativo para essas afecções, aliado aos exames físicos, atestou que os animais estavam saudáveis e aptos tanto para o deslocamento quanto para a reintrodução na natureza.


