Após grupo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) bloquear a BR-163, nesta quarta-feira (30), reivindicando políticas públicas na Jornada de Lutas pela Reforma Agrária e reunião com o presidente do Incra Nacional, o superintendente do Incra de MS, Paulo Roberto, se encontrou com os manifestantes para dialogar.
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Após a conversa, o trecho bloqueado na BR-163, na altura do viaduto José Dib, foi liberado. Na tratativa, foi repassado aos manifestantes que representantes do Incra Nacional, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Presidência da República virão a Campo Grande debater as reivindicações do grupo. A reunião ainda não tem data para acontecer. Agora, os manifestantes se reunirão no Incra de Campo Grande.
O trânsito no trecho bloqueado está bastante crítico e requer atenção dos condutores. O Corpo de Bombeiros Militar continua no local para apagar o fogo ateado em pneus e galhos.
Sobre a manifestação
Douglas, representante da Coordenação Estadual do MST, afirma que as pautas do Movimento não estão sendo atendidas e por este motivo retornaram à BR-163.
“Nós conversamos com o superintendente do INCRA, já tivemos várias reuniões com o presidente do INCRA, já tivemos seminários, mas a nossa pauta não está sendo atendida. A gente não quer mais conversar a nível estadual, a gente quer conversar com o pessoal da nacional, e se a nossa pauta não for atendida, vamos continuar bloqueando e parando aqui o estado de Mato Grosso do Sul“.
Solange Fernandes de Sá, coordenadora estadual do movimento MCLRA (Movimento Camponês de Luta pela Reforma Agrária), afirma que a indignação do grupo se deve, principalmente, a falta de reforma agrária em Mato Grosso do Sul. “Temos famílias acampadas às margens da BR há mais de 20 anos. A seleção de reforma agrária é muito lenta”.
Já Sandra Soares, representante da União Geral dos Trabalhadores, pontua que desde a semana passada estão tentando negociar com o Incra Nacional a vinda de representante ao Estado, sem sucesso.
“Precisamos conversar diretamente com o ministro. Queremos também uma agenda com o Governo do Estado para tratar questões da truculência contra os acampados. Nós estamos aqui reivindicando áreas na região de Sidrolândia, área que já são da União e que precisam ser distribuídas para os trabalhadores rurais”.
Na segunda-feira, o grupo se reuniu com o INCRA. Segundo Sandra, o saldo não foi positivo, pois foi solicitado que o grupo fosse até Brasília dialogar. No entanto, eles esperam que todas as tratativas sejam resolvidas em MS.
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