Após quatro dias de incêndio, a Serra da Bodoquena amanheceu sem focos de fogo aparentes na manhã desta terça-feira (16). O Corpo de Bombeiros e os brigadistas do ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) realizam agora vistorias no local para garantir a extinção total dos pontos de calor.
“Lá onde estava o incêndio não choveu no mesmo volume que em Bonito, lá só garoou. Mas, a princípio, deu uma amenizada nos focos de incêndio. Não tem registro de focos de calor no satélite, os bombeiros que estão lá também relatam isso”, afirma Sandro Pereira, chefe do Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
Aparecido Rojo, proprietário da pousada Refúgio Canaã, compartilhou imagens que mostram a serra sem indícios de fogo. “Deu uma chuva, até meio fraca, mas suficiente pra apagar. Não sei nas outras partes, mas no morro em frente ao refúgio não tem sinal de fumaça”. A situação é diferente do registrado desde sexta-feira (12), quando o incêndio começou.
No entanto, o tenente Ronaldo Machado, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Bonito, afirma que a corporação vai “verificar os focos, se foram totalmente extintos” nesta manhã. No últimos dias, o incêndio dava indícios de desaceleração à noite e de manhã – momentos de umidade mais alta -, mas aumentava a intensidade no período da tarde.
Combate difícil
As chamas teriam começado nas proximidades do Balneário Vale do Paraíso, em Bodoquena, por volta de 12h desta sexta-feira (12). Depois, passaram pela pousada Refúgio Canaã, a cachoeira Boca da Onça, maior do Estado e o assentamento Canaã. O fogo chegou a ficar a cerca de 2 quilômetros do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, que é uma área pública destinada à preservação da natureza.
O terreno da serra é íngreme e acidentado, dificultando o trabalho do Corpo de Bombeiros. Além da corporação local, equipes de Campo Grande e 15 brigadistas do ICMbio participaram da operação. “É uma morraria, então não entra nenhum veículo, o combate é feito com bombas costais e abafadores”, explica o tenente Ronaldo Machado.
Segundo o chefe do Parque Nacional, Sandro Pereira, o foco principal dos bombeiros era a defesa patrimonial. “Ontem mesmo a gente encaminhou uma solicitação para a proteção de duas casas, que estavam no meio do incêndio. É um trabalho em conjunto, todas as equipes que estão lá são importantes e fazem o combate”. Além disso, a operação também utilizou apoio aéreo para o combate às chamas.
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