Elias Pereira de Amorim, aposentado campo-grandense de 62 anos, teve um cisto no pé direito, depois pegou uma bactéria e precisou amputar a perna, na altura da canela, em 28 de abril. Desde então, aguarda por uma prótese para levar uma vida normal. Mas, cansado de esperar, ele resolveu improvisar a própria prótese, com cano de PVC, nesta semana.
O aposentado conta que a próxima consulta marcada em posto de saúde seria só em novembro. Além disso, o médico que realizou a amputação no Hospital Regional de Campo Grande teria feito encaminhamento para uma prótese diferente da necessária. “O SUS (Sistema Único de Saúde) é muito atrasado, está difícil. Sou amputado na metade da canela, mas está no sistema que é prótese só de pé”.
Enquanto isso, Elias sofre sem poder caminhar. “Estou há dois meses em cima de uma cama, andando só de andador. Minha esposa é minha perna, ela tem que fazer tudo para mim”, lamenta. Então, ele viu a prótese improvisada numa rede social e resolveu imitar. “Peguei um cano de PVC, um cilindro de carcaça de bicicleta e fiz o pé madeira”, explica. Além disso, ele utilizou uma joelheira para prender o aparelho.
No entanto, a prótese improvisada não é confortável e pode até piorar ainda mais a situação de Elias Pereira de Amorim. “Ela fica sem controle e está me machucando, apertada, estou com medo de ferir o cotoco do pé”, relata o aposentado. Vídeo enviado à reportagem mostra que ele tem dificuldade de levantar e andar com o equipamento. Assim, ele pede ajuda para conseguir uma prótese adequada e segura.
Bactéria em Bonito
O problema começou em março, quando Elias recebeu o diagnóstico de um cisto no pé direito. Ele estava em Bonito, onde tem um rancho, e tratou do cisto na cidade do interior. “Fiz cirurgia e peguei uma bactéria lá. A situação estava só piorando, então minha sobrinha arrumou um carro e foi me buscar”, relata Elias.
Depois, o homem precisou ser internado no Hospital Regional da Capital. “Meu pé começou a apodrecer e fui obrigado a amputar, não teve jeito. No mesmo dia já fiz a cirurgia e depois fiquei mais de 20 dias internado no Regional”.
O acompanhamento médico dele passou, então, à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e à Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que tem um Centro Médico de Reabilitação em Campo Grande. “Como vou me locomover? Preciso de uma prótese com urgência”, afirma Elias.
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