Uma adolescente de 17 anos completa, nesta segunda-feira (17), nove dias internada na Santa Casa de Campo Grande aguardando uma cirurgia após quebrar a clavícula. A paciente entra em jejum desde o dia 9 de fevereiro na expectativa de passar pelo procedimento.
A mãe, Delcilene Ramires Cardozo, diz que a menina andava de bicicleta quando sofreu uma queda. Ela foi transferida para a Unidade do Trauma. “Eles liberam o jejum, ela fica sem tomar água ou comer o dia todo esperando a cirurgia. A expectativa era de ser operada no sábado (15), mas não aconteceu de novo”, lamenta.
Segundo a família, a paciente está tomando os medicamentos necessários, mas está inchada e com dores diariamente. “Eles esquecem que tem alguém ali sofrendo de dor”, diz o pai.
O que diz o hospital
Em nota, a Santa Casa de Campo Grande relata que a paciente teve um trauma leve com fratura de clavícula, se tratando de uma lesão de baixa complexidade. O hospital é referência em alta complexidade, por isso, diversos pacientes de criticidades bem maiores são encaminhados para a unidade, fazendo com que haja necessidade de classificação de risco.
“Infelizmente, pode ocorrer com frequência, não só com ela, mas com outros pacientes, a necessidade de reprogramação de cirurgia. Nos últimos dias, o número de fraturas expostas, que essas sim necessitam de um cuidado emergencial, aumentou na Santa Casa, e isso fez com que outros procedimentos ficassem a posteriori”.
Sobre o jejum diário, a unidade esclarece que o procedimento inclui líquidos e sólidos, é para que, havendo a possibilidade da realização da cirurgia da paciente, devido à remarcação de outros pacientes ou mudança dos planos de mapa cirúrgico, ela esteja apta realizar o procedimento.
“É um mecanismo utilizado para deixar a paciente pronta e à disposição de ter a sua cirurgia realizada. Infelizmente, nós estamos passando por situações de dificuldade. Dificuldade devido ao grande número de pacientes e pacientes graves, que necessitam de atendimento com maior prioridade devido à sua classificação pelo grau de risco”, conclui.
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