Em meio ao vai e vem intenso do trânsito, a rotina nas vias de Campo Grande é marcada por cenas de caos que frequentemente terminam em tragédia. Entre janeiro e 29 de setembro de 2025, a Capital registrou 48 mortes no trânsito urbano. Desse total, 35 eram motociclistas, o que representa quase 73% das vítimas.
O caso mais recente ocorreu nesta terça-feira (7) e elevou o número para 36 motociclistas mortos. Marcado por campanhas de prevenção a acidentes no trânsito (Maio Amarelo), o mês de maio foi coincidentemente o mais letal para condutores de moto em Campo Grande, com sete mortes. Em seguida aparecem fevereiro, março e junho, com quatro registros cada. O menor número de mortes ocorreu em julho, com um óbito.
Esses números compreendem um levantamento realizado pelo GAAT (Grupo de Análise de Sinistros de Trânsito) e revelam que, assim como em anos anteriores, motociclistas seguem como o grupo mais vulnerável nas vias da cidade.
Icenira Gironde

Terça-feira, 7 de outubro de 2025. Icenira Gironde Madalena estava na garupa de uma motocicleta conduzida pelo marido, a caminho do trabalho, quando o casal se envolveu em um grave acidente. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a moto seguia pela Rua Fraiburgo, via preferencial, e acabou atingida por um caminhão que furou a preferência.
No local, a polícia apurou que o condutor da motocicleta tentou frear ao perceber o caminhão atravessando a via, na tentativa de evitar a colisão. No entanto, a frenagem brusca fez com que a garupa perdesse o equilíbrio e caísse. Em seguida, a roda traseira do caminhão passou sobre Icenira, que não resistiu aos ferimentos.
260 mortes no trânsito de Mato Grosso do Sul
Dados atualizados apontam que, entre 1° janeiro e 8 de outubro deste ano, Mato Grosso do Sul registrou 260 mortes em acidentes de trânsito — sendo 52 somente em Campo Grande, quatro a mais que o total contabilizado pelo GAAT. A Capital, portanto, concentra cerca de 20% das vítimas no Estado.
Os números da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), no entanto, não detalha os tipos de veículos envolvidos nos acidentes, o que impede identificar quantas das vítimas eram motociclistas.
Aline Cândida

Segunda-feira, 5 de maio de 2025. Era a primeira semana da campanha Maio Amarelo quando Aline Cândida, de 25 anos, seguia pela Rua Engenheiro Paulo Frontin, no bairro Los Angeles. Ao entrar na Avenida dos Cafezais, ela fez uma conversão à esquerda, perdeu o controle da motocicleta e derrapou em um monte de areia acumulado na pista.
Um ônibus que trafegava pelo local acabou passando por cima do corpo da jovem. Segundo informações da época, o motorista do coletivo não teria visto Aline, que havia entrado no “ponto cego” do veículo.
No caso específico de Aline, a causa do acidente não foi a imprudência, mas sim a falta de manutenção da via. O acúmulo de areia no asfalto ocorria devido às ruas de terra nas laterais, com o vento, a areia constantemente acumulava na avenida.
Na época, moradores da região relataram que há pelo menos um ano, reivindicavam melhorias para o trecho onde o acidente aconteceu.
Homens lideram o número de vítimas
Na Capital, o pico de acidentes fatais ocorreu em julho, com nove registros. Em seguida, aparecem fevereiro, março e maio, com oito mortes cada.
Do total de vítimas, a maioria — 75% — era formada por homens, enquanto as mulheres representam 23%. Em relação à faixa etária, predominam adultos (26 vítimas), seguidos por idosos (12), jovens (8), adolescentes (3) e crianças (2).
Wagner de Souza Pereira

Terça-feira, 2 de setembro de 2025. Wagner de Souza Pereira, servidor da Câmara Municipal de Campo Grande, morreu após a moto que conduzia ser atingida por uma caminhonete que avançou o semáforo no cruzamento da Rua 15 de Novembro com a Rua Bahia.
Wagner havia acabado de sair da Câmara quando ocorreu a colisão. Com o impacto, ele sofreu uma parada cardíaca. Socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tentaram reanimá-lo por cerca de uma hora, mas ele não resistiu e morreu no local do acidente.
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